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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Igrejas evangélicas se transformam em centros de treinamento para lutadores de MMA

mpulsionado pelas competições do UFC, o MMA é um dos esportes que mais cresce em popularidade no Brasil atualmente. Apesar das polêmicas envolvendo a violência presente no esporte, o MMA tem conquistado seu espaço entre os jovens brasileiros, dentre os quais muitos evangélicos.
Diante dessa popularidade, algumas igrejas evangélicas tem se tornado verdadeiras academias para a prática do esporte. Um exemplo é um salão da Igreja Presbiteriana em Sorocaba, que vem sendo utilizada como local de treinamento do lutador do UFC Fábio Maldonado.
Maldonado, vem de derrota polemica para o croata Igor Pokrajac, no UFC on Fuel, e espera aprimorar os golpes de jiu jiítsu na igreja para não correr risco de ser demitido pelo exigente chefão do UFC, Dana White.
Entre os membros da igreja que treinam com o lutador está o pastor da igreja Ivanilson Bezerra da Silva, que explica o porquê de o esporte estar sendo praticado dentro do templo religioso: “A religião, assim como o esporte, exige disciplina. Quem pratica esporte se dedica, não fica na noite, tem uma vida regrada. Na igreja é a mesma coisa. Por isso, trouxemos o esporte para cá, queremos tirar as crianças da rua e vê-las praticando esporte”.
Depois dos treinos os atletas se reúnem para uma oração. “A gente agradece por tudo ter dado certo, por ninguém ter se machucado e pedimos força para continuarmos lutando” afirma o lutador, que ainda brinca com o ambiente que usa para treinar: “A gente bate e pede perdão já (risos)”.
A igreja “Verbo da Vida” na zona oeste do Rio de Janeiro é outro exemplo de templo religioso que se transforma em academia de MMA. De acordo com o jornal O Globo, cerca de 50 jovens se reúnem no local para praticar o esporte.
“Como o crescimento da luta está assustador e o evangelho também, a junção dos dois serve para trazer esses jovens que estão perdidos aí sem saber o que fazer. Na luta, a gente canaliza e direciona eles para um caminho de sucesso”, explicou Jorge Turco, que é o idealizador e responsável pelos treinamentos na igreja carioca.
Edmilson, que é pastor da igreja e no início foi relutante ao projeto de Turco, hoje fala empolgado sobre a iniciativa: “Sinceramente, é claro que eu mesmo já tive uma visão um tanto quanto equivocada. Embora haja ainda um preconceito dentro do meio evangélico, a nossa proposta é exatamente desmistificar isso. O evangelho não é religião, o evangelho são princípios e através do esporte a gente pode na cabeça do jovem esses princípios de vida”.

Pastores gays da Igreja Cristã Contemporânea anunciam cerimônia religiosa de seu casamento

Os dirigentes da Igreja Cristã Contemporânea em Belo Horizonte, o casal de pastores gays Anderson e Roberto, anunciaram que estão preparando uma cerimônia religiosa para celebrar sua união. O casal, que está junto há 10 anos, está preparando uma cerimônia secreta em um salão de festas da capital mineira, para selar o matrimônio.
Liderando uma igreja que tem aproximadamente 100 fiéis, 90 deles homossexuais e três transexuais, segundo os próprios pastores, eles rechaçam o rótulo de “igreja gay” e afirmam: “Não pregamos a homossexualidade, mas nosso público-alvo são os homossexuais, infelizmente. Digo infelizmente porque as igrejas deveriam estar abertas a essas pessoas, deveriam ensinar que Deus as ama”.
“Para Jesus, não importa se você se atrai por homem ou mulher. Ele não faz nenhuma distinção. Quem tem fé tem sua vida garantida em Cristo”, afirma Anderson, de 34 anos, que costuma repetir o 6º versículo do capítulo 3 do Evangelho de João aos que afirmam que a Bíblia condena o homossexualismo.
De acordo com o jornal Estado de Minas, o matrimônio será oficiado pelo fundador e presidente da denominação, Marcos Gladstone, que vai dividir a celebração com o seu esposo, Fábio Inácio. Essa será a primeira celebração de casamento da igreja em Belo Horizonte.
O casal afirma que será um casamento como outro qualquer e que “a única diferença é que não vai ter a noiva”. Eles não divulgaram o endereço nem o horário da cerimônia, que vai ocorrer em um salão de festas. “Há pessoas que são contrárias, podem causar algum transtorno. Queremos nos preservar. Sonhamos muito com isso, planejamos cada detalhe”, justificam. Eles afirmam ainda que, após a cerimônia, pretendem pedir a conversão em união civil.

Esposa de jogador acusado de atear fogo na própria casa afirma que ele estava “possuído por satanás”

Em meados desse mês a justiça alemã iniciou o julgamento do zagueiro do Bayern de Munique, o brasileiro Breno, que é investigado pelo incêndio em sua casa, ocorrido em setembro do ano passado. Nessa quarta feira o julgamento chamou a atenção por causa da apresentação da gravação de um relato de que o jogador estaria “possuído” ao atear fogo em sua casa.
Nessa quarta feira, a justiça esperava a presença de Renata, a esposa do jogador, para prestar depoimento. Porém, com sua ausência, o foram apresentadas gravações telefônicas da esposa do jogador logo após o incidente.
Em uma das gravações reveladas pelo juiz, Renata afirma a um amigo: “Ele era outra pessoa naquele dia. Satanás já havia tomado posse de seu corpo”. A gravação que foi apresentada durante o julgamento foi também reproduzida pela imprensa alemã.
De acordo com o G1, Breno chegou a ficar 13 dias em prisão preventiva no ano passado e a Promotoria de Munique apresentou acusação formal contra o brasileiro em abril, após meses de investigação.
A acusação segue a linha de que Breno, sob efeito de bebidas alcóolicas, ateou fogo intencionalmente em sua casa, situada em uma zona residencial nos arredores de Munique, estando sozinho na residência. Se as acusações forem confirmadas, o zagueiro poderá pegar até 15 anos de prisão.

Deputado Jean Wyllys amplica crítica contra cristãos e chama seus opositores de “ratazanas do esgoto homofóbico”

O deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ), publicou nessa terça feira em seu site um texto ampliando suas críticas aos cristãos e comparando o regime ditatorial do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad à politicas adotadas por parlamentares evangélicos.
Reverberando mensagens que havia publicado no Twitter, o deputado afirmou que “fundamentalistas cristãos brasileiros só estão protestando contra Ahmadinejad porque este não tolera outras religiões no Irã”. Ampliando as críticas que havia publicado anteriormente, Wyllys afirmou: “fundamentalistas cristãos, se invadirem meus perfis em redes sociais pra me cobrar crítica a Ahmadinejad, receberam criticas (merecidas) também a vocês!”.
Junto a um link para o texto em seu site onde critica os cristãos, Wyllys critica: “Imbecis homofóbicos como vocês deveriam aprender a ler”. Em outra mensagem que faze menção ao mesmo texto, o deputado afirmou: “lixos humanos como vocês podem até mentir, mas a verdade é essa”, criticando seguidores que discordaram de suas afirmações.
Na tarde dessa quarta feira o deputado voltou a criar polêmica na rede social ao discutir com seus seguidores sobre um possível caso de homofobia, e sobre suas críticas a Ahmadinejad.
Para se referir às pessoas que o criticaram através da rede social, Jean Wyllys usou termos como “débil mental”, “ratos asquerosos”, “ratazanas do esgoto homofóbico”, “analfabeto político”, e chegou a chamar diretamente alguns de seus críticos de imbecis.
Quando confrontado por julgar as pessoas sem um conhecimento prévio o deputado respondeu a um de seus críticos: “Pra um imbecil como você, que não tolera o candomblé nem a umbanda, só existe intolerância quando fundamentalistas são criticados!”.

Ambulância dos Sonhos: projeto permite que doentes terminais possam realizar últimos desejos

Um projeto social denominado “Ambulância dos Sonhos” permite que doentes terminais tenham a chance de realizar desejos, mesmo internados em unidades de terapia intensiva.
O idealizador do projeto, Assi Dvilansky conta que nos últimos três anos, centenas de pessoas se beneficiaram da oportunidade única que o projeto proporciona. “Ele é aberto aos doentes terminais de todas as origens, nacionalidades, raças e religiões”, afirmou.
As histórias ligadas ao projeto são sempre emocionantes, pois envolvem a conquista de objetivos normalmente tidos como impossíveis de se realizar no caso de pacientes terminais, que gostariam de ir a algum lugar que nunca tenham visitado, ou que desejem retornar uma última vez.

Entre os fatos relatados pelo idealizador do projeto está a história de Miriam Yhia, que hospitalizada em estado terminal devido a um câncer no cérebro, pode presenciar o casamento de sua sobrinha, a israelense Sima Akrish: “Foi uma experiência maravilhosa para todos nós. Todos riram e choraram ao mesmo tempo ao vê-la participando conosco da festa de casamento”, contou a mãe da noiva, Lea Akrish, que emendou: “Antes do casamento ela já nem falava mais, mas durante a festa até chegou a cantar e a sorrir”.
A “Ambulância dos desejos” também atendeu ao pedido de um menino iraniano de 13 anos, que desejava visitar a Mesquita de El Aqsa, em Jerusalém Oriental.
Para viabilizar a realização da ação, que envolvia o governo iraniano e israelense, historicamente inimigos, foi necessário o envolvimento da Turquia e da administração palestina da mesquita de Aqsa. “Apesar dos problemas entre Israel e o Irã, fizemos todos os esforços para possibilitar que aquele menino pudesse realizar seu sonho antes de deixar este mundo. Muitas vezes é bastante complicado realizar os desejos das pessoas, porém nós não poupamos esforços para dar a elas e a suas famílias a oportunidade de um momento feliz em meio às dificuldades que estão passando”, relatou  Assi Dvilansky.
De acordo com a Alef News, na última semana um doente terminal que sofre de esclerose múltipla foi levado para participar da formatura dos estudos secundários de sua filha, e apesar de sua incapacidade de se movimentar, o paciente, que se comunica apenas por intermédio do piscar dos olhos e antes de ser acometido pela doença havia sido diretor da mesma escola onde sua filha se formou, teve a oportunidade de rever o local onde trabalhava e de estar perto da família.
O veículo que serve como ambulância para o projeto é um veículo fabricado sob medida e planejado para suprir qualquer necessidade médica que possa surgir durante as viagens.  A suspensão da ambulância é especial, para evitar que os pacientes sofram com eventuais buracos na estrada, e um aparelho de vídeo permite que ele veja o percurso por intermédio de uma tela instalada em frente à cama, dentro da ambulância.
Além dos equipamentos, uma equipe de paramédicos treinados especificamente para esse trabalho acompanha os pacientes atendidos pelo projeto: “O paciente vê o caminho como se estivesse sentado ao lado do motorista. Já levamos pessoas para ver o mar, passear em Tel-Aviv, conhecer o Mar Morto, participar de festas familiares, visitar museus. O serviço é grátis e aberto a todos”, orgulha-se Dvilansky.
Fonte: Gospel+
Ciente de seu papel junto à sociedade, o Gospel+ disponibilizou um espaço voltado para divulgação de projetos sociais focados em ajudar ao próximo.
Acreditamos que a transformação da sociedade acontece não só através da palavra, mas também de ações efetivas e eficazes, com demonstração de amor ao próximo.
Se você conhece ou desenvolve um projeto social que precise de divulgação, entre em contato conosco através do endereço redegmais.com.br/contato e nos conte! Informe as áreas de atuação, formas de colaboração, meios de contato e visitas, para que possamos colaborar e servir ao Pai, servindo a seus filhos.

Pastor relaciona uso de celular durante o culto a falta de reverência: “banalizaram o serviço cristão”. Leia na íntegra

Celulares e sua maneira de utilização foram tema de um artigo do pastor Renato Vargens, que criticou a distração que o aparelho causa aos fiéis durante o culto.
O pastor da Igreja Cristã da Aliança ressalta as qualidades e facilidades que os celulares smartphones oferecem: “O advento do celular e do smartphone facilitou em muito as nossas pobres vidas mortais.  Lembro que há alguns anos, dependendo do  local onde estivéssemos, se desejássemos conversar com alguém, ou se precissássemos falar com um familiar em caráter de urgência “estávamos na pista”. Contudo, com o avanço da tecnologia tudo se tornou mais fácil”.
Vargens lembra que apesar dos avanços, muitos fiéis acabam atrapalhando o culto por estarem distraídas com tantas funções: “Tem gente que nem na Igreja desliga o bendito aparelhinho”, e ilustra a história da fiel que começou orando e terminou numa ligação: “Hoje eu fiquei sabendo de um caso no mínimo inusitado, uma irmã entrou no templo de uma igreja e se ajoelhou para orar, quando o celular tocou no silencioso. Ela aproveitou o “embalo” e ficou de joelhos ‘orando’, ou melhor, “com celular no ouvido’ conversando com seu interlecutor”.
Renato Vargens chama a atenção de jovens, adolescentes e fiéis em geral, que não se desconectam das redes sociais: “O que falar então dos adolescentes e jovens que com a desculpa de ler a Bíblia  brincam de jogos eletrônicos no celular? O que dizer daqueles que em meio ao sermão, navegam na internet querendo saber o resultado do jogo de seu time de futebol?  Ou ainda daqueles que navegam pelas redes sociais, mandando mensagens aos seus amigos virtuais via facebook e twitter?”.
O pastor termina seu artigo recomendando que o momento do culto seja dedicado a Deus: “Lamentavelmente não são poucos aqueles que banalizaram o serviço cristão em detrimento ao celular. Sem sombra de dúvidas o celular é uma bênção, no entanto, quando o utilizamos no horário do culto desrespeitamos àquele a qual deveríamos dedicar nossa adoração. Isto, posto, afirmo que todo aquele que deseja servir ao Senhor e que entende que o culto a Cristo deve ser prestado de todo coração, entendimento e alma, que desligue o celular focando especificamente naquele que é merecedor do nosso louvor e gratidão”, orienta.
Confira abaixo a íntegra do artigo “O uso do celular e a falta de reverência no culto”, do pastor Renato Vargens:
O advento do celular e do smartphone facilitou em muito as nossas pobres vidas mortais.  Lembro que há alguns anos, dependendo do  local onde estivessemos, se desejássemos conversar com alguém, ou se precisássemos falar com um familiar em caráter de urgência “estávamos na pista”. Contudo, com o avanço da tecnologia tudo se tornou mais fácil não é verdade? Todavia, tem gente que em hipótese alguma não consegue abandonar o celular, dorme com ele, come ele, e até ao banheiro vai com ele.
Pois bem, nessa perspectiva, tem gente que nem na Igreja desliga o bendito aparelhinho.
Hoje eu fiquei sabendo de um caso no mínimo inusitado, uma irmã entrou no templo de uma igreja e se ajoelhou para orar, quando o celular tocou no silencioso. Ela aproveitou o “embalo” e ficou de joelhos “ORANDO”, ou melhor, “COM CELULAR NO OUVIDO” conversando com seu interlecutor.
O que falar então dos adolescentes e jovens que com a desculpa de ler a Bíblia  brincam de jogos eletrônicos no celular? O que dizer daqueles que em meio ao sermão, navegam na internet querendo saber o resultado do jogo de seu time de futebol?  Ou ainda daqueles que navegam pelas redes sociais, mandando mensagens aos seus amigos virtuais via facebook e twitter?
Caro leitor, lamentavelmente não são poucos aqueles que banalizaram o serviço cristão em detrimento ao celular. Sem sombra de dúvidas o celular é uma bênção, no entanto, quando o utilizamos no horário do culto desrespeitamos àquele a qual deveríamos dedicar nossa adoração.
Isto, posto, afirmo que todo aquele que deseja servir ao Senhor e que entende que o culto a Cristo deve ser prestado de todo coração, entendimento e alma, que desligue o celular focando especificamente naquele que é merecedor do nosso louvor e gratidão.
Pense nisso!
Renato Vargens

Jornalista critica jogadores evangélicos e suas manifestações de fé: ”Religião atrapalha”. Leia na íntegra

O jornalista Marcelo Carneiro da Cunha criticou o vínculo entre a religião e o futebol, evidenciado pelos jogadores brasileiros que se declaram evangélicos.
O artigo, publicado na coluna “Zagueiro”, do portal Terra, cita os gestos de agradecimento a Deus feitos pelos jogadores como algo desnecessário, mas não menciona o gesto que simboliza a cruz, feita pelos jogadores católicos.
De acordo com Cunha, as manifestações religiosas prejudicam o esporte: “Religião atrapalha, caros leitores? Olhando para o futebol que acontece no Brasil de hoje, tendo a achar que sim, e não pela parte espiritual da coisa, mas pela ausência dela”, escreveu.
Cunha destaca que os jogadores de futebol entram no jogo por suas habilidades, não por interferência divina: “Não sei o que vocês sentem na hora em que mais um jogador brasileiro entra em campo de mãozinha pro céu agradecendo ao pastor, ao bispo e ao apóstolo por não se sabe bem o que. A saber, ele está ali porque joga bola, mais do que muitos outros, e o treinador resolveu que aquela é a hora de ele substituir alguém. Não são forças metafísicas, mas bastante terrenas”.
A Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo na África do Sul em 2010 também foi alvo de críticas do jornalista, pela presença dos evangélicos no time: “Nenhuma seleção foi mais assolada por esse movimento pentecostal que assola o futebol brasileiro do que a do Dunga, com muita reza no vestiário e futebol sofrível em campo, representado em sua leveza pelo bispo Felipe Melo”, criticou.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Religião demais no grande vestiário brasileiro”, do jornalista Marcelo Carneiro da Cunha:
Estimados leitores, não sei o que vocês sentem na hora em que mais um jogador brasileiro entra em campo de mãozinha pro céu agradecendo ao pastor, ao bispo e ao apóstolo por não se sabe bem o que. A saber, ele está ali porque joga bola, mais do que muitos outros, e o treinador resolveu que aquela é a hora de ele substituir alguém. Não são forças metafísicas, mas bastante terrenas – ainda mais levando em conta os treinadores brasileiros -, que estão em ação.
Fico pensando que a última vez em que a gente teve um grande time foi aquele Brasil de 82, onde ninguém, onde quer que eu olhe e em especial se olhamos para Sócrates, tinha vocação pra santo.
Religião atrapalha, caros leitores?
Olhando para o futebol que acontece no Brasil de hoje, tendo a achar que sim, e não pela parte espiritual da coisa, mas pela ausência dela. Espiritual era aquele time de 70, com o Gerson fumando feito chaminé, e Rivelino dando dibre em quem passasse pela frente. Nosso futebol hoje se afasta da arte no caminho firme do artesanato, bonitinho, no máximo, e igual. Nosso futebol de hoje é parecido com as belezas que a gente vê em restaurante à beira de estrada, junto com goiabada cascão e lembranças de Itu.
Foi o pastor que deixou o pessoal assim?
Nenhuma seleção foi mais assolada por esse movimento pentecostal que assola o futebol brasileiro do que a do Dunga, com muita reza no vestiário e futebol sofrível em campo, representado em sua leveza pelo bispo Felipe Melo. A atual seleção, do Mano, não se parece com nada que eu tenha visto antes sobre a Terra, e seu único sinal reconhecível é o cabelo indescritível do Neymar.
É com isso que vamos?
No Brasil dos anos 80, quando começa a mudança que nos traz ao sistema atual, o futebol virou grande negócio, mesmo que tocado pelas mesmas forças anacrônicas de sempre, o que quase serve de descrição para o país como um todo. Nesse grande negócio, jogadores, especialmente por terem agentes e representantes que ganham com isso, passaram a valer muito, e, portanto, a ganhar muito dinheiro.
Meninos pobres, dotados subitamente de recursos significativos, novinhos e de miolo mole, equipados com um discurso robotizante e uma vida idem, se tornam o que vemos. Pessoas sem face, com algum ou muito talento, deslizando para lá e para cá, ao sabor do contrato atual, mas sem uma lógica maior que aplique esses recursos em uma cultura futebolística vencedora.
Isso que eu falo descreve o que vocês assistem, ou não?
Na política isso equivale ao que vemos num partido como o PR, de um Garotinho, de um Magno Malta, de um Alfredo Nascimento, de um Aurélio Miguel, agora acusado de jogo pra lá de irregular aqui em São Paulo. A feiúra assume muitas formas, não é mesmo? No futebol temos isso, o que era colorido e rico, dotado de uma capacidade enorme de superar suas próprias deficiências, se torna uma indústria, onde jogadores são insumos e os patos somos nós, não os patos.
Na Copa, esse conjunto de transforma numa incrível soma que celebra não o nosso melhor, que existe e está por aí, mas o nosso pior. Vamos gastar muito, gastar mal, deixar de construir coisas essenciais para construir coisas desnecessárias, e, colocando em campo nossos andróides e sua ideologia confusa baseada em uma versão da bíblia, vamos mais uma vez dar vexame, querem apostar?
Dos outros lados você vê movimentos como o da Alemanha, mudando radicalmente a sua forma de fazer as coisas em campo, com um time culturalmente diverso e futebolisticamente concentrado em vencer bonito. Temos a Espanha, que conseguiu transformar as suas deficiências – falta de agudeza na frente – em virtude. Temos Portugal, criando exuberâncias onde havia um fado. A Argentina recentemente parece ter relembrado para que serve o dulce crema de leche que leva no sangue, para nosso azar.
Em nenhum desses times, dessas culturas, eu vejo peças sendo substituídas e sendo todas assustadoramente iguais.
É isso que estamos nos tornando, estimadíssimos leitores? Um país que sempre teve na sua desordem o seu progresso, agora impõe essa ordem idiotizante como norma?
Nossa música era o que era porque o morro era o que era, e o asfalto tinha de onde tirar a sua intensidade, adicionando contenção e o rostinho bonito do Tom Jobim. De onde vem agora o caldo para engrossar a sopa? De coisas como Michel Teló e Los Hermanos?
Sofremos, eu acho, um processo de uniformização, a partir de idéias simples o bastante para serem repetidas sem que representem coisa alguma. Assim, estimados leitores, se vai até a esquina, não se consegue sequer dobrar a esquina para ver o que existe de alternativa. Assim, os lemingues, aqueles ratinhos da tundra, se jogam no mar, apenas por não conseguirem pensar em alternativas.
Aqueles jogadores, mãozinha pra cima e dízimo em dia, me lembram disso, estimados leitores. Lemingues, entrando em campo e indo a lugar nenhum.
Esse zagueiro que os atormenta, que isso fique claro, é contra.

Pastor Marco Feliciano e psicóloga Marisa Lobo debaterão projeto apelidado de “cura gay” em audiência pública na Câmara dos Deputados

Amanhã, 28/06, será realizada na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, uma audiência pública para debater o projeto apelidado pela mídia de “cura gay”, com a presença da psicóloga Marisa Lobo, os deputados Marco Feliciano, Roberto de Lucena e João Campos.
O texto do projeto prevê a permissão legal para que psicólogos atendam a pacientes homossexuais que procurarem ajuda com os profissionais da área para reverter sua condição homossexual.
O projeto, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) prevê a criação de um decreto legislativo que suspenda dois artigos da resolução do Conselho Federal de Psicologia, que define as atividades dos profissionais em psicologia, e proíbe que estes emitam opiniões públicas sobre o assunto, ou abordem a homossexualidade como transtorno.
Para Campos, que é presidente da bancada evangélica, o CFP “extrapolou seu poder regulamentar”, e errou ao “restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional”.
O presidente do CFP, Humberto Verona, questiona a legalidade do projeto e tem dúvidas se o decreto, caso aprovado, poderá interferir na autonomia do órgão. Verona afirma que o código de ética foi criado para combater “uma intolerância histórica” contra os homossexuais.
Segundo informações do gabinete do deputado Roberto de Lucena, que é relator do projeto, Verona afirmou que não comparecerá à audiência pública a pedido da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT).
O presidente da ABGLT, Toni Reis, enviou carta pública a Humberto Verona, manifestando sua contrariedade com o projeto e solidarizando-se com o Conselho Federal de Psicologia, em sua postura contrária ao projeto.
Em trecho da carta, Reis afirma que a audiência pública a ser realizada amanhã “é uma afronta à ciência, à dignidade humana, aos direitos humanos, à laicidade do Estado e à autonomia do Conselho Federal de Psicologia no que diz respeito às suas deliberações quanto à conduta e à ética profissional, além da composição da maioria dos/das convidados/as da Audiência indicar viés pela predominância do discurso da intolerância religiosa em detrimento dos ideais da democracia igualitária”.
A psicóloga Marisa Lobo afirmou que “o projeto do deputado João Campos tem como objetivo sustar dois artigos (02 e 03) da resolução 01/999, que regulamenta atuação do psicólogo frente a homossexualidade, e  não permite e intimida quem busca tratamento para mudar sua condição, sugerindo claramente que se há sofrimento psíquico, deve se  a não aceitação social e que, se um homossexual busca ajuda para mudar a condição é por pressão da família ou por causa da religião”
Lobo ressalta que “a psicologia afirma que o homossexualismo não é doença, logo não há como mudar, e ninguém questiona por medo da mídia, que incentiva a divulgação do termo homofobia. Ou seja, quem ousar descordar é acusado de ser homofóbico, contrariando a constituição e a declaração de direitos humanos”.
Confira abaixo, parte do discurso que a psicóloga cristã Marisa Lobo preparou para a audiência pública, e antecipou ao Gospel+:
Se a homossexualidade é ou não uma doença, não existe nenhum consenso sobre este tema na comunidade científica internacional.
Em 1973, baseados em dados empíricos, juntamente com considerações sobre mudanças de normas sociais e também em consequência do desenvolvimento de uma comunidade politicamente ativista gay nos Estados Unidos da América (o National Gay Task Force – Força Tarefa Gay Nacional), o Conselho de Administração da Associação Psiquiátrica Americana decidiu retirar a homossexualidade do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). Alguns psiquiatras que se opuseram a esta ação posteriormente enviaram uma petição solicitando uma votação sobre a questão por membros da Associação. Essa votação foi realizada em 1974, e a decisão do Conselho de Administração foi ratificada. E, como já dito acima, em 1990 uma resolução também removeu a homossexualidade como transtorno mental da Classificação Internacional de Doenças (CID).
As provas são incontestáveis a remoção da homossexualidade do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (o que se estendeu à CID), se deu por votação, evidenciando assim uma atitude completamente desprovida de substrato fundamental científico. Logo, afirmar que a homossexualidade não é uma doença simplesmente porque um grupo de indivíduos votou a favor de sua remoção do DSM não se constitui em uma afirmação científica. Não se submete a votações aquilo o que já está cientificamente demonstrado, e se assim não ocorreu com a homossexualidade, isto é uma evidência de que a retirada da homossexualidade do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) não se baseou em dados científicos comprovados, mas em um conjunto de fatores que incluiu opiniões, posicionamentos ideológicos, políticos, dentre outros interesses. E como já dito, a ratificação da decisão se deu por votação.
A tal votação se deu em 9 de abril de 1974, e que, aliás, pode ser chamada de qualquer coisa, menos de unânime ou de “evidência científica”. Do total de membros da Associação Psiquiátrica Americana (APA) aptos a votar, apenas 58% deles votou. E o resultado da votação foi o que se segue:
-55% dos membros da APA votaram a favor da remoção da homossexualidade como transtorno mental do DSM. -45% votaram a favor da manutenção do status de transtorno psiquiátrico para a homossexualidade no DSM.
Em se levando em consideração o total de 100% dos membros da APA aptos ao voto, destes somente 32.7% votou a favor da remoção da homossexualidade como transtorno mental do DSM. Ou seja, menos de um terço do total dos membros da Associação Psiquiátrica Americana. E com uma margem de vantagem bastante modesta.
A RETIRADA DO TERMO “DOENÇA” DA CID 10
O Dr. Robert Sptizer foi o psiquiatra que desencadeou a retirada do termo doença atrelado ao homossexualismo da CID-10. Mas, ao revisar os seus posicionamentos, para desespero do movimento gay mundial, ele reconheceu a possibilidade de mudança.
Assim, o Dr. Robert Spitzer estudou 200 casos de pessoas que afirmam ter deixado tanto o comportamento quanto a atração sexual por pessoas do mesmo sexo, e declarou: “Da mesma forma que muitos psiquiatras, eu pensava que alguém pudesse resistir ao comportamento homossexual, mas que ninguém pudesse realmente mudar a orientação sexual. Agora, acredito que isso é falso: algumas pessoas podem mudar e realmente mudam” (SPITZER, 2003, p. 403-417). O Dr. Robert Spitzer declara, ainda, que pessoas suficientemente motivadas conseguem deixar o estilo de vida gay. A pesquisa foi apresentada na Associação de Psiquiatria Americana e publicada logo em seguida.  A psicologia no Brasil nega esta fato, finge que ele não existe , ou seja mecanismo de defesa do ego. Freud explica.
“Não existe consenso entre os cientistas a respeito das razões exatas pelas quais um indivíduo desenvolva uma orientação heterossexual, bissexual, gay ou lésbica. Mesmo embora diversas pesquisas tenham examinado as possíveis influências genéticas, hormonais, de desenvolvimento, sociais e culturais sobre a orientação sexual, nenhum achado jamais emergiu a fim de permitir que cientistas concluam que a orientação sexual seja determinada por qualquer fator, ou fatores.” (American Psychological Association. Understanding Sexual Orientation and Gender Identity)
Sendo assim, a asseveração de que “a Ciência atesta que a homossexualidade não é uma doença psiquiátrica” é desprovida de fundamentação científica. E muito mais desprovida ainda de fundamentação é a assertiva de que “a homossexualidade é uma condição natural e normal”, sendo esta última asseveração uma segunda inserção psicológica e sofismática mais do que evidente. A Ciência autêntica não comporta este tipo de malabarismo. -Dr Eduardo Adnet, médico Especialista em Psiquiatria Titulado pela Associação Brasileira de Psiquiatria e Associação Médica Brasileira.
A ciência não é um fim em si mesmo, mas é antes um precioso e poderoso instrumento através do qual inegáveis progressos têm surgido visando o conforto e o bem estar dos seres humanos. Ciência autêntica implica, obrigatoriamente, em imparcialidade e em respeito ao conhecimento legítimo, não deturpado ou deformado por interesses escusos, sejam eles quais forem e procedam de onde quer que seja.
A Homossexualidade é Genética?
Outra argumentação pseudocientífica é a de que a homossexualidade seria genética. Isto jamais foi comprovado. O pesquisador Simon LeVay, que estudou as diferenças no hipotálamo em cérebros de homens homossexuais e heterossexuais atestou:
“É importante observar o que eu não encontrei. Eu não provei que a homossexualidade seja genética, nem tampouco encontrei uma causa genética para a homossexualidade. Eu não demonstrei que homens homossexuais nasçam assim, o erro mais comum que as pessoas cometem quando interpretam meus trabalhos. Nem tampouco localizei nenhum centro gay no cérebro.” (Homosexual Urban Legends, The Series; Traditional Values Coalition).
A OMS não removeu da sua classificação, mudou apenas a nomenclatura. Hoje é chamada atualmente de desordem:   http://apps.who.int/classifications/icd10/browse/2010/en#/F60-F69.
O F-64, por exemplo, trata das desordens de identidade de gênero (transexualismo, travestismo de duplo papel, desordem da identidade de gênero em crianças, outras desordens de identidade de gênero e as desordens da identidade não especificadas).
O F-66 trata das desordens comportamentais e psicológicas associadas ao desenvolvimento e orientação sexual (desordem na maturidade sexual, orientação sexual egodistônica, desordens no relacionamento sexual, outras desordens no desenvolvimento psicossexual e desordens no desenvolvimento psicossexual não especificadas).
O F-65, trata das desordens de preferência sexual (fetichismo, travestismo fetichista, exibicionismo, voyeurismo, pedofilia, sadomasoquismo, desordens múltiplas de preferência sexual e outras desordens de preferência sexual). Confiram no próprio site da OMS.

Pastor Marco Feliciano critica falta de pensadores no meio evangélico: “Chega de futilidade”. Leia na íntegra

O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) publicou artigo em seu blog criticando a falta de preparo e de formadores de opinião no meio evangélico.
Em seu texto, Feliciano falou da ausência de um representante evangélico na audiência pública que ele promoveu para a discussão do projeto da Ortotanásia, popularmente conhecida como “boa morte” ou “morte digna”, que regulamentará a prática da Eutanásia no Brasil, se aprovado.
O deputado relatou que sua assessoria convidou representantes católicos, especialistas na área da medicina e juristas, mas teve insucesso para localizar um representante evangélico, pois nenhum dos contatados se declarou apto em relação ao assunto.
O pastor citou como exemplo em sua ilustração o testemunho de um conhecido seu, que afirma ter ouvido quando era jovem: “Um amigo testemunhou no púlpito que havia ganhado uma bolsa de estudos do seu patrão, mas que, por amor a obra, e crer na iminente volta de Jesus, não aceitara, afinal, disse ele: ‘Pra que estudar tanto se Jesus logo viria arrebatá-lo?’”.
Feliciano complementou citando o exemplo de uma de suas empresas, que passava por dificuldades e ao contratar uma consultoria, descobriu que estava à beira da falência: “Após efetuarem uma minuciosa triagem o resultado me fez perder o chão. “Sua empresa  logo irá falir!” me disse o consultor, e sua explicação me convenceu. Todos os funcionários desta empresa eram evangélicos, e na triagem todos responderam de igual forma, que em suma foi mais ou menos assim: Se estavam ali, foi porque Deus os colocou, e se saíssem dali foi porque Deus os tirou, então, por que iriam  “perder” tempo em estudar,  aprimorar, fazer cursos, etc?”.
A crítica à falta de preparo e de posicionamento por parte dos evangélicos em relação a assuntos de importância nacional continuou, com a menção aos artistas seculares, que se colocam como ativistas contra o desmatamento, construção de usinas, sustentabilidade, entre outros, e a ausência de mobilizações desse tipo no meio gospel.
-E nossos “artistas” evangélicos e nossos cantores góspeis, que querem o “status” de celebridade? Não irão se posicionar? Não falarão nada? Ficarão calados? Mas eu os entendo, como irão se posicionar, falar, se não sabem NADA sobre esses assuntos? Se são ignorantes a cerca do que se passa em seu País, em sua Pátria?  E é bem possível que após lerem este artigo irão se enfurecer, e dizer, A IGREJA TEM QUE SE PREOCUPA COM CÉU, COM O MUNDO ESPIRITUAL… e por causa destas respostas e outras de igual teor que virão, nossos filhos, nossos membros, nossa comunidade evangélica sempre será envergonhada, não terá credibilidade, até que, alguém, comece a estudar, se preparar, e militar nestas causas – alertou.
O pastor Marco Feliciano ainda fez um pedido às lideranças evangélicas nacionais, para que se empenhem na criação de órgãos que incentivem o debate desses assuntos, para que o povo evangélico se faça representar.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Chega de futilidade, cadê nossos pensadores?”, do pastor Marco Feliciano:
Quando jovem assisti uma cena surreal na igreja onde congregava, ouvi um “tristimunho”. Um amigo testemunhou no púlpito que havia ganhado uma bolsa de estudos do seu patrão, mas que, por amor a obra, e crer na iminente volta de Jesus, não aceitara, afinal, disse ele: Pra que estudar tanto se Jesus logo viria arrebatá-lo?
A pouco tempo, em uma das empresas que fundei, sentindo a dificuldade para seu crescimento, contratei uma empresa especializada em RH (recursos humanos), e após efetuarem uma minuciosa triagem o resultado me fez perder o chão. “Sua empresa  logo irá falir!” me disse o consultor, e sua explicação me convenceu. Todos os funcionários desta empresa eram evangélicos, e na triagem todos responderam de igual forma, que em suma foi mais ou menos assim: Se estavam ali, foi porque Deus os colocou, e se saíssem dali foi porque Deus os tirou, então, por que iriam  “perder” tempo em estudar,  aprimorar, fazer cursos, etc?
Em ambas as experiências acima temos um reflexo de como pensam os evangélicos, é claro, que toda regra tem exceção, graças a Deus por isso!
Semana passada provoquei uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados sobre um assunto polêmico, a ORTOTANÁSIA que significa “boa morte”. O projeto em si tentava descriminalizar a EUTANÁSIA. Fiz a audiência para não cometer equívocos quanto ao meu voto de relator. Busquei pessoas especializadas no assunto para me darem amparo jurídico, médico e espiritual, afinal o assunto gera em torno da morte.
A CNBB Conselho Nacional de Bispos do Brasil, órgão da Igreja Católica, enviou representante jurídico, bem como convidei um grande médico, também de formação católica que muito contribuiu para o assunto e ambos deram um “show” de explanação sobre vida e morte, ciência e fé, acima de tudo com base na Carta Magna Brasileira, a nossa Constituição Federal. Ainda falando sobre a Igreja Católica, graças a sua militância, impediu  que o texto aprovado na Rio+20 abrisse brecha para a legalização do aborto.
Voltando a falar sobre a audiência, que só não foi melhor por que ficou uma lacuna, uma cadeira vazia na comissão. Tal cadeira era destinada há um representante evangélico. Não foi por falta de procurar. Meu gabinete ligou para muitos lugares, mas o assunto era desconhecido para a maioria.
Após a audiência pensei nessa matéria que aqui escrevo, para, quem sabe, se tiver êxito, despertar alguns.
Os grandes e polêmicos temas desta nação, temas que esbarram nos nossos bons costumes, que ferem nossa fé, assustando nossas famílias, precisam ser discutidos, e para isso precisamos de militância. Precisamos nesse quesito aprender com o Catolicismo, que, se esmerou com o passar dos anos e hoje, tem voz ativa sobre assuntos polêmicos e suas opiniões são respeitadas, afinal prepara seus representantes são preparados intelectualmente e espiritualmente.
Nós evangélicos somos vistos como fundamentalistas fanáticos, e damos motivos para isso. Quando discutimos o assunto da homossexualidade por exemplo, a grande maioria dos nossos lideres só  afirmam que tal ato é  PECAMINOSO, mas quando inquiridos dentro da psicologia, genética, antropologia, não tem argumentação intelectual pois não se preparam, e de maneira simplista expõe nossa fé ao ridículo.
Teremos assuntos pela frente como O USO DAS CÉLULAS TRONCO, SUSTENTABILIDADE DO PLANETA, a GRANDE EXPLOSÃO DEMOGRAFICA MUNDIAL que põe em risco os recursos naturais do planeta, entre outros, e esses assuntos já estão na pauta do dia, e como a Igreja Evangélica Brasileira que já é 33% da população brasileira, vai se posicionar? Não há como fugir destes assuntos. Seremos omissos? Ignorantes? O que diremos aos nossos filhos, aos nossos membros? Continuaremos a ver nossos referenciais fazendo citaçõezinhas fúteis em seus facebook, twitters, blogs, programas de rádio e TV?
Ora, os artistas seculares se posicionam, vestem camisas com inscrições apoiando ou protestando contra assuntos tipo a transposição do Rio São Francisco, Usina Belo Monte, os cantores fazem barulho sobre esses assuntos, na Rio+20, Daniela Mercury, cantora de Axé, provocou seus fãs a “infernizarem a vida dos lideres políticos” sobre o assunto do desmatamento.  E nossos “artistas” evangélicos e nossos cantores góspeis, que querem o “status” de celebridade? Não irão se posicionar? Não falarão nada? Ficarão calados? Mas eu os entendo, como irão se posicionar, falar, se não sabem NADA sobre esses assuntos? Se são ignorantes a cerca do que se passa em seu País, em sua Pátria?  E é bem possível que após lerem este artigo irão se enfurecer, e dizer, A IGREJA TEM QUE SE PREOCUPA COM CÉU, COM O MUNDO ESPIRITUAL… e por causa destas respostas e outras de igual teor que virão, nossos filhos, nossos membros, nossa comunidade evangélica sempre será envergonhada, não terá credibilidade, até que, alguém, comece a estudar, se preparar, e militar nestas causas.
Faço um apelo aos grandes líderes evangélicos da nossa nação, que, estimulem seus liderados a estudarem, que preparem um grupo de pensadores, que criem em suas convenções, simpósios e seminários para discutirem o Brasil de amanhã, e qual será o posicionamento e a atuação da igreja evangélica brasileira sobre exercer sua cidadania.
Mais uma vez reforço, não podemos nos calar. Não podemos continuar sendo o “Zé povinho” como nos tratam. Não podemos ser tratados apenas como currais eleitorais em tempo de campanha. Precisamos nos posicionar com argumentos técnicos, intelectuais, científicos e teológicos, precisamos marcar território!
Não podemos esquecer, que Martin Luther King era PASTOR e militava nas causas de minorias, e tornou-se mártir e um referencial para nações. Lideres espirituais de outras religiões atuaram de igual forma como Mahatma Gandhi, Dom Paulo Evaristo Arns entre outros e marcaram posição, fizeram história, influenciaram sua geração.
O apóstolo Paulo em seu tempo discutia com os epicureus e os estóicos em alto nível. Preparado, conhecedor das leis, exigiu e foi atendido pelos mais poderosos homens do seu tempo.
Existem alguns microblogs evangélicos que são fantásticos, pessoas cultas, intelectuais, que poderiam usar suas ferramentas pra estimularem uma geração inteira, que poderiam por em pauta assuntos de importância nacional, se quisessem provocariam uma revolução intelectual no meio evangélico, e eu estendo esse apelo a eles: Por favor, despertem a inteligência dos nossos, deixemos de lado as intrigas, as picuinhas entre nós mesmos, sejamos fortes!
Convoco também os grandes conselhos de Pastores para que criem uma secretaria que fiquem atentos a estes assuntos e de maneira democrática, participem destes assuntos. Opinem, escrevam, marquem audiências com autoridades, vocês tem esse poder em suas mãos.
Não estou dizendo para deixarem de lado suas vidas eclesiásticas, assim como na Igreja de Jerusalém alguns cuidavam dos órfãos e das viúvas enquanto os demais, oravam e se dedicavam a palavra, levantemos alguns para cuidar destes assuntos.
É tempo de despertar.
Em Cristo,
Pr. Marco Feliciano
Deputado Federal PSC-SP
Brasilia, junho de 2012

Mulher evangélica é alvejada por tiro e é salva pela Bíblia

No Rio de Janeiro, uma mulher foi alvejada por uma bala perdida, porém, foi salva por sua Bíblia que estava no baú da motocicleta de seu marido. Danúbiah Mendes e seu esposo, Marcos Souza, estavam a caminho da igreja quando ouviram três tiros, por volta de 19h40, na Via Dutra. “Eu estava ultrapassando três carros. Quando ouvi o barulho, acelerei mais.”, relatou o Marcos.
O casal só veio descobrir o que aconteceu após o término do culto, quando perceberam que algumas páginas da Bíblia estavam rasgadas e que havia uma bala alojada dentro do livro. O projétil perfurou o baú que fica na parte traseira da moto e foi contido pela Bíblia, por pouco não atingindo Danúbiah.
“Sempre acreditei na salvação em muitos aspectos, mas dessa vez foi uma coisa visual. Vi a bala ali dentro, lembrei dos tiros e chorei”, contou Danúbiah.
O esposo, emocionado, também falou, “A Bíblia salva de muitas maneiras. Dessa vez, foi físico. Algumas folhas de papel salvaram a vida da minha esposa”. Eles ainda relataram que raramente carregam a Bíblia no baú da moto.

Igreja Universal é homenageada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco

A Igreja Universal do Reino de Deus recebeu uma homenagem na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, no dia 19 deste mês. A proposta de homenagear a denominação partiu do ex-deputado Ossésio Silva, pelos 35 anos que a igreja completará no dia 09 de julho.
Cleiton Collins (PSC) iniciou a solenidade, destacando a iniciativa da casa em prestar a homenagem à igreja. Já Ossésio destacou a atuação da instituição na sociedade, sendo atuante na recuperação de vidas durante seus anos de existência. Após isso, foi entregue uma placa comemorativa ao Bispo Arnaldo Lanzelotti, representante da Igreja Universal.
A Orquestra de Criança Cidadã dos Meninos do Coque participou da cerimônia, cantando o Hino Nacional e outras músicas durante a solenidade. O idealizador da homenagem, Ossésio Silva, também recebeu uma placa comemorativa, entregue pelo parlamentar Cleiton Collins.

Lei que institui aulas de ensino religioso em escolas públicas causa polêmica no Rio de Janeiro

No segundo semestre desse ano os alunos da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro passarão a ter aulas de ensino religioso específicas para as religiões: católica, evangélica, espírita e afro-brasileiras.
Tais aulas serão ministradas em um modelo confessional, e para tal a prefeitura já realizou concurso para a contratação de 100 professores, sendo 45 docentes católicos, 35 evangélicos, dez espíritas e dez de religiões afro-brasileiras.
A iniciativa da Secretaria Municipal de Educação é consequência de uma lei, proposta pelo próprio Executivo, aprovada em outubro do ano passado pela Câmara e sancionada logo em seguida pelo prefeito Eduardo Paes. E por se tratar de aulas confessionais só poderão participar os estudantes cujos pais deram autorização, durante a pré-matrícula. Para as outras crianças, haverá “educação para valores” (apresentação de temas ligados à ética e à cidadania) durante o período vago.
O texto da lei permite a contratação de até 600 docentes e determina que estes “devem ser credenciados pela autoridade religiosa competente, que exigirá formação obtida em instituição por ela mantida ou reconhecida”, segundo o jornal O Globo.
A lei tem causado polêmica e a discussão em torno de sua validade constitucional coincide com uma discussão que está em pauta no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. No STF a discussão gira em torno de uma ação direta de inconstitucionalidade da Procuradoria Geral da República contra o texto de um acordo firmado no governo Lula com a Santa Sé, dizendo que “o ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários das escolas públicas de ensino fundamental”.
O coordenador do Observatório da Laicidade do Estado, da UFRJ, Luiz Antônio Cunha, é uma das pessoas que se colocou contra o ensino religioso confessional. Segundo ele há uma espécie de desistência do Estado de assumir suas atividades pedagógicas ao transferi-las para instituições religiosas. “Os professores das escolas públicas são pagos por todo o povo, através de impostos, inclusive daquelas pessoas que não têm religião”, afirma.
O bispo auxiliar e referencial para ensino religioso da Arquidiocese do Rio, dom Nelson Francelino Ferreira defendeu o modelo que está sendo implementado no município, afirmando que a educação tem que estar voltada para o desenvolvimento integral do ser humano.
As novas aulas foram criticadas também pelo coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), o professor Sérgio Paulo, que disse que a iniciativa da prefeitura é inconstitucional, segundo informou a Agência Brasil. O professor afirma que a lei fere o princípio republicano. “Uma das coisas que caracterizou a superação do Império e início da República foi a separação da educação pública do ensino religioso”, destaca.
Afirmando que o sindicato já pediu ao Ministério Público estadual (MP-RJ) que analise a constitucionalidade da lei, o professor afirma: “Ela [a lei] tem dois problemas inconstitucionais do nosso ponto de vista: um é o de concepção, religião não pode ser ofertada obrigatoriamente em escola pública. Deve ser uma interação familiar do aluno e da aluna. Outro problema é que a lei exclui várias religiões minoritárias. Isso é um preconceito oficial”.

Jogador do Flamengo, Léo Moura é batizado e diz, “É o momento mais importante da minha vida”

O jogador de futebol, lateral da equipe do Flamengo, Léo Moura, foi batizado no último sábado, dia 23, na Igreja Batista Central, no Rio de Janeiro. Através de seu perfil na rede social Twitter o jogador disse: “É o momento mais importante da minha vida”. Ele falou sobre a importância do seu batismo e sobre a nova fase da sua vida.
Durante o culto que aconteceu antes do batismo Léo Moura ainda contou seu testemunho e se emocionou, “Graças a Deus nunca tive uma vida ruim, mas nunca fui feliz como sou hoje. Uma vez, em Brasília, numa tarde de autógrafos num shopping, havia uma fila com mais de mil pessoas. Duas senhoras se aproximaram, e uma falou: ‘Não vim pegar autógrafo ou tirar foto. Vim lhe dizer que Deus tem uma grande obra na sua vida’. Hoje tenho certeza que essa obra vai se realizar. Não quero mais largar essa vida”, disse o jogador.
 Léo Moura chorou durante a cerimônia de batismo e manifestou muita alegria pelo momento. “ Foram 33 anos de vida antiga e daqui para frente é uma vida nova. Espero que seja melhor que antes. Não posso reclamar da minha vida de antes da igreja, mas espero que daqui por diante seja melhor, junto à minha família”, comentou o jogador após descer às águas.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

“Arte e Vida”: Congresso da Igreja Batista apresenta a arte como meio de evangelismo

Na última semana aconteceu em Campo Grande (MS) a 6º edição do Congresso de Artes “Arte e Vida”. Promovido pela Igreja Batista, o evento reuniu cerca de 400 participantes com o objetivo de incentivar, valorizar, estimular e reconhecer o trabalho dos artistas, além de mostrar que a arte pode ser usada para o bem das pessoas, do mundo.
Os participantes puderam participar de oficinas de aperfeiçoamento para a capacitação de artistas profissionais e iniciantes. O evento ofereceu oficinas de diversas áreas artísticas, como Música, Dança, Teatro, Circense, Multimídia, Artes Visuais, etc.
O preletor do evento foi o cantor, compositor e produtor Emerson Pinheiro, esposo da cantora Fernanda Brum, e produtor de álbuns diversos cantores e grupos, como da esposa Fernanda Brum, do grupo Voices, Eyshila, Bruna Karla, entre outros.
“A arte comunica, a arte unifica, a arte tem o poder de você poder dar uma perspectiva ao jovem que, por exemplo, está no mundo das drogas e você apresenta um outro mundo e ele começa a sonhar”, afirmou Pinheiro ao G1.
Participantes do congresso afirmaram que apesar do intuito de inserir a fé em diferentes artes, as atividades constituem, além de um bem-estar, um método de evangelismo. “É ganhar mais almas para Cristo através do teatro”, afirmou o estudante Douglas Emanuel Silveira.
O instrutor de música, Henrique Lucas também ressaltou o evangelismo através da dança, dizendo “A nossa dança fala sobre amor. Fala sobre viver em alegria, viver em paz, viver em união”.
O congresso aconteceu entre os dias 6 e 9 de junho, na primeira igreja Evangélica Batista, localizada na Rua 13 de Maio, 2647 em Campo Grande.

Pastor refuta teorias de que Jesus tenha sido casado e afirma que a única noiva de Cristo é a Igreja

Ao longo da história, muitas especulações e teorias surgiram de um suposto envolvimento de Jesus com sua seguidora Maria Madalena. Muitos céticos colocam em dúvida a santidade de Jesus, e tais teorias já foram retratadas inclusive em famosas obras de ficção, como no livro de Dan Brown lançado em 2004, onde o autor sugere que Maria Madalena teria sido amante de Jesus.
Porém, recentemente especialistas nas Escrituras têm apresentado elementos que refutam qualquer romance de Jesus. Segundo o especialista em Novo Testamento do Seminário Teológico Asbury, nos Estados Unidos, Ben Witherington, os textos que mencionam sobre um envolvimento entre Madalena e Jesus foram escritos pelo menos 100 anos depois dos evangelhos bíblicos.
Em um artigo intitulado “Estudos revelam o nome da esposa de Jesus Cristo”, pastor evangélico da Comunidade Cristã Paz, Leandro Santos, também refuta essas supostas afirmações sobre um envolvimento amoroso de Jesus com Maria Madalena e afirma que a Igreja é a verdadeira noiva de Cristo.
“É claro que Jesus não se casou e nem ficou noivo com mulher nenhuma nesta terra”, afirma o pastor em seu texto, onde afirma ainda: “Já inventaram inúmeras teorias acerca da vida de Jesus Cristo, mas nenhuma é tão confiável quanto os próprios Evangelhos”.
“A Bíblia fala sim sobre a esposa de Cristo”, afirma o pastor, que em seguida apresenta o texto de Apocalipse 21:9 que diz: “E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro”.
Afirmando que seu texto não traz nenhuma “destas loucas teorias que já inventaram por aí”, o pastor baseia suas afirmações no livro de Mateus, capítulo 25, em que a parábola das 10 virgens sobre um noivo e como as virgens saem ao encontro dele. Aqui, ele diz, o noivo é o Senhor e a Igreja é a noiva. “Os estudos apontam, Jesus Cristo está voltando para buscar a Sua Noiva. Te prepares ó igreja para te encontrares com o teu Deus”, conclui.

Pastor afirma que críticos de Ricardo Gondim são “tendenciosos” e que a igreja evangélica vive uma “crise de pensamento”. Leia na íntegra

O pastor e blogueiro Carlos Moreira publicou artigo em análise às críticas feitas ao pastor Ricardo Gondim, e afirmou que o pastor da Igreja Betesda “é parte da história recente do cristianismo em nosso país”.
Moreira afirma que sua intenção não é defendê-lo, mas compreender como Ricardo Gondim foi de “herói da fé a arqui-herege” na opinião das pessoas.
O texto do pastor Moreira cita Caio Fábio e afirma que “a igreja é o único exército que mata os seus feridos”, e crítica a igreja evangélica como um todo: “Nós perdemos o respeito pelos nossos líderes, somos uma geração sem referências, sem influências, sem heróis. Joga-se no lixo tudo o que um homem fez em sua vida porque ele não está seguindo a risca, para usar uma fala do próprio Gondim, o ‘evangelho’ segundo os santos evangélicos!”.
A falta de incentivo ao pensamento por parte dos líderes evangélicos gerou uma crise, segundo Moreira: “Crise de pensamento, é a substituição da intuição pela dogmatização, do questionamento pelo fundamentalismo, da liberdade de expressão pela tirania da letra. Onde os cristãos imaginam que vão parar isolando-se cada vez mais do ‘mundo’? Como poderá a teologia sobreviver nos dias atuais separada do resto do pensamento e do conhecimento humano?”, questiona o pastor.
Carlos Moreira afirma estar preocupado com a origem das críticas ao pastor Ricardo Gondim, pois segundo ele, seus críticos demonstram parcialidade e incapacidade de debater ou analisar os assuntos e propostas que o líder da Igreja Betesda discute e se arrisca a opinar.
-Muitos dos que fizeram análises e avaliações das falas e textos de Gondim sequer têm preparo para sentar com ele numa mesa e conversar, cinco minutos que seja, sobre os temas “malditos”. A grande maioria dos líderes e pastores que o detratam são rasos, possuem um conhecimento de “epiderme”, nunca investiram nem no estudo das Escrituras nem em estudos de outros campos do saber. Estes, jamais topariam um debate com o Gondim em rede nacional, pois, certamente, ficariam desconfortáveis e, provavelmente, sem argumentos consistentes para refutar pensamos e ideias. Boa parte dos textos “apologéticos” que li fazem “recortes pinçados” daquilo que Gondim afirma, uma espécie de edição via fotoshop, numa clara demonstração de que a análise é, no mínimo, tendenciosa. É a velha práxis de “coar o mosquito” enquanto se engole o “tiranossauro-nosso-de-cada-dia”.
Segundo o pastor Carlos Moreira, a maioria das igrejas evangélicas “continuam dizendo que ‘Jesus é a solução’, mas não têm a mínima ideia do que o mundo está hoje questionando”.
-Quando vejo alguns homens que jugo serem pessoas sérias, coerentes, pensantes, representativas e, sobretudo, gente de Deus abandonando o que aí está posto, quando ouço, por exemplo, um Leonardo Boff falar que o cristianismo deveria se aproximar mais da existência, ou um Cáio Fábio afirmar que hoje vivemos a perversão do Evangelho de Jesus, ou um Gondim romper com o movimento evangélico, fico contando o que sobrou e, sinceramente, assusta-me o que parece nos reservar o futuro! Acho que Deus terá de levantar as “pedras” para pregar, pois faltarão pregadores. Ou então vamos ficar com os estelionatários que aí estão, na TV, no rádio, gente tão perversa que aqui não cabe nem nominar – pontua Moreira.
O pastor e blogueiro Carlos Moreira afirma ainda que sua opinião em relação às críticas feitas a Ricardo Gondim podem render críticas a ele também: “Agora é só aguardar as pedradas”, e emenda dizendo que “é privilégio sofrer pela causa do Evangelho e pelo nome de Jesus, ainda que muitos não vejam que o que está acontecendo se encaixe neste contexto”.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Ricardo Gondim: de ‘Herói’ da fé a Arqui-herege”, do pastor Carlos Moreira, no Genizah:
Antes de escrever este artigo eu liguei para o Danilo, editor chefe do Genizah. Falei do que gostaria de publicar e recebi sua autorização. Assim, fico feliz em participar de um blog onde o pensamento divergente se torna convergente com o fim último de suas proposições: a verdade, a apologética, a democracia, o direito de livre expressão, o respeito, o progresso do Reino de Deus!
Inicialmente, quero lhe dizer que Ricardo Gondim não me conhece; eu o conheço. Sim, porque Gondim é parte da história recente do cristianismo em nosso país e do movimento evangélico, com livros publicados, participações em revistas aclamadas, congressos, simpósios, entrevistas na TV, homem de notório saber, não só do ponto de vista da teologia, mas de outras áreas do conhecimento, líder de uma denominação de expressão, articulista, dentre outras muitas habilidades que o Senhor da Igreja lhe concedeu.
Também não estou aqui para defender Gondim, até mesmo porque eu não tenho nem categoria nem “pedigree” para isso. Aliás, ele sequer precisaria de algo desta natureza: está lavado pelo Sangue do Cordeiro, justificado de suas obras, crucificado com Cristo e com Ele ressuscitado, já assentado nas regiões celestes e, com absoluta convicção, aguarda o dia do juízo para ouvir de Jesus: “vinde, entrai no Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo… Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei”.
Então, o que quero? Ora, eu busco entender os porquês de algumas coisas. Eu tenciono levar você há pensar um pouco e a questionar as razões de suas ações, como afirmava Nietzsch. Eu quero tentar sair desta “cortina de fumaça” que se formou em torno de Ricardo Gondim, para buscar enxergar práticas que estão em vigor hoje no mundo eclesiástico, almejo, de alguma forma, discernir que “espírito” é este que surgiu entre nós, que zeitgeist vem influenciando o “nosso ethos”, o que está tornando-se “material” impregnado, tanto na mentalidade, quanto no inconsciente coletivo dos evangélicos, se é que isto é possível.
Tenho acompanhado o “drama” do Gondim… Afirmo desta forma, pois, há bem pouco tempo atrás, ele era um homem celebrado no meio evangélico, um “herói” da fé. Seus escritos e mensagens abençoavam e alcançavam milhões de pessoas dentro e fora do Brasil. Não tenho dúvidas das centenas de milhares que foram levados a Cristo pela pregação do Evangelho que foi posto em sua boca. Mas, de repente, em função de algumas falas e escritos, a despeito de tudo, desgraçadamente, ele transformou-se em arqui-herege da fé cristã. Interessante…
Eu li e assisti a todo o material que veio a baila nestes últimos tempos. Não o fiz apenas nos blogs na internet, mas, sobretudo, entrei no site de Gondim e desci as “profundezas” de seus pensamentos e ensinamentos, de tal forma que evitasse texto sem contexto, exegese de ocasião, sensacionalismo, e outros recursos mais que, penso, foram usados neste e em outros casos.
Li também e, de forma cuidadosa, analisei, sem “sentimentos” ou inclinações, as articulações dos apologetas sobre Gondim. Diante de todo este cenário, valendo-me da posição que hoje me cabe, como editor assistente do Genizah, com 30 anos de caminhada com Jesus, 10 dos quais como pastor, com formação em teologia e filosofia, com centenas de artigos e mensagens publicados em revistas e blogs, penso que, ao menos, também ganhei o direito de ser ouvido por alguns instantes, ainda que esteja “remando contra a maré”…
Minha fala carrega algumas preocupações…
Em primeiro lugar, preocupa-me como, tão repentinamente, um homem com notórios “serviços” prestados ao Senhor da História, da Vida e da Igreja, tenha se transformado em alguém tão execrado. Como bem afirmou Cáio Fábio – outro que já viveu algo de natureza semelhante, ainda que por questões totalmente diferentes – “a igreja é o único exército que mata os seus feridos”. O homem vem pregando e falando a mesma coisa há décadas e, de repente, por começar a pensar em outras possibilidades e analisar outras “rotas”, tudo o que fez, toda sua história, sua reputação, construída com lágrimas e muito trabalho, foi para o “beleléu”, pois, agora, sentenciado pela multidão que grita “crucifica-o”, ele se “converteu” em inimigo da fé.
Parece-me, grosso modo, que o que se quer é ver o “circo pegar fogo”! Nós perdemos o respeito pelos nossos líderes, somos uma geração sem referências, sem influências, sem heróis. Joga-se no lixo tudo o que um homem fez em sua vida porque ele não está seguindo a risca, para usar uma fala do próprio Gondim, o “evangelho” segundo os santos evangélicos! Pouquíssimos tem, ao menos uma ideia, do “preço” que um homem deste paga para chegar onde chegou. É um custo de vida, aliás, é quase não ter vida, mas vamos “jogar pedra na Geni!”, e de forma, não raro, irresponsável. Gondim caiu em desgraça porque ousou pensar diferente, mas cometeu o pior de todos os pecados: tornou isso público!
Em segundo lugar, preocupa-me a grave crise que vivemos, pois ela é crise de pensamento, é a substituição da intuição pela dogmatização, do questionamento pelo fundamentalismo, da liberdade de expressão pela tirania da letra. Onde os cristãos imaginam que vão parar isolando-se cada vez mais do “mundo”? Como poderá a teologia sobreviver nos dias atuais separada do resto do pensamento e do conhecimento humano? Será que ninguém vê que o mundo mudou? Quem tem coragem e ousadia de articular a ponte que leve a fé ao diálogo com os outros saberes, que a liberte da prisão a qual a “instituição” a remeteu? Gondim vem tentando fazer isso e olha no que deu!? Como bem citou João Alexandre, em uma de suas maravilhosas canções: “é proibido pensar!”. Estou certo: é mesmo…
Estamos vivendo em meio a uma geração movida à repetição, que “segue mapas”. Ainda nos encontramos presos ao século XIX, não ousamos, não avançamos, não dialogamos com os outros, não nos abrimos à reflexão, a auto-análise, não ouvimos críticas, achamos que a teologia é algo que está acima do bem e do mal, somos tão ufanistas que sequer cogitamos que podemos estar equivocados. Estamos debaixo da tirania de Procusto, normatizados pela instituição perversa, nossas consciências se cauterizaram pela pregação de uma mensagem que nada mais tem de Evangelho. Tristemente tornamo-nos a “igreja playmobil”: somos todos iguais, falamos todos iguais, pensamos todos iguais, vestimos todos iguais, cremos todos iguais!
Em terceiro lugar, preocupa-me o fato de que muitos dos que fizeram análises e avaliações das falas e textos de Gondim sequer têm preparo para sentar com ele numa mesa e conversar, cinco minutos que seja, sobre os temas “malditos”. A grande maioria dos líderes e pastores que o detratam são rasos, possuem um conhecimento de “epiderme”, nunca investiram nem no estudo das Escrituras nem em estudos de outros campos do saber. Estes, jamais topariam um debate com o Gondim em rede nacional, pois, certamente, ficariam desconfortáveis e, provavelmente, sem argumentos consistentes para refutar pensamos e ideias. Boa parte dos textos “apologéticos” que li fazem “recortes pinçados” daquilo que Gondim afirma, uma espécie de edição via fotoshop, numa clara demonstração de que a análise é, no mínimo, tendenciosa. É a velha práxis de “coar o mosquito” enquanto se engole o “tiranossauro-nosso-de-cada-dia”.
Apesar de não concordar com alguns pensamentos de Gondim, em nada ele me escandalizou. Pensar diferente não ofende, abre “sendas” para um olhar novo sobre questões antigas. Isso não desconstrói minhas convicções, pelo contrário, por vezes ajuda a sedimentá-las!  Sei que este homem agiu com retidão, abriu o coração, sei de sua seriedade e serenidade ao tratar dos assuntos do Reino, pois, mesmo sem o conhecer, conheço o seu legado e tenho convicção que ele próprio não poderia negar aquilo que passou toda a vida crendo. Seu pensamento avança ainda que, talvez, por terrenos eventualmente “pantanosos”, mas certamente rumo a um platô que lhe ponha firme sobre a Eterna Rocha que, uma vez posta, sendo a Pedra Angular, jamais poderá ser removida: Cristo, Jesus.
Em quarto lugar, preocupa-me a igreja evangélica não está aberta a nenhum tipo de conversação que vá para além da ortodoxia e, em alguns casos, para além do fundamentalismo já posto. Aqui vão me dizer que as “Escrituras são nossa única regra de prática e fé”, e eu assim também creio, mas não me sinto “amarrado” ao ponto de não usar da liberdade que disponho em Cristo para pensar, para fazer conjecturas, para teologizar, como tantos outros fizeram antes de mim, pois nossas crenças estão, usando um conceito de Foucault, sobre “camadas de saber” que foram construídas por outros, desde os Pais da Igreja até os pensadores – teólogos e filósofos – dos nossos dias.
Ora, nós somos o “produto” do pensamento de muitas gerações, de homens e mulheres que, ao seu tempo, ousaram, com aqueles que com eles estavam, refletir, pensar, questionar. Ninguém irá ao “inferno” de fogo por assim agir, isso eu lhes garanto… Toda teologia é temporal e antropológica, produto do tempo, da cultura, da sociedade e do homem em um determinado momento histórico. Mas as igrejas hoje querem apenas seguir a cartilha de sua denominação, pois nelas é pecado mortal pensar de forma diferente ou se abrir a novos saberes. Continuam dizendo que “Jesus é a solução”, mas não têm a mínima idéia do que o mundo está hoje questionando…
Em quinto e último lugar preocupa-me o destino do cristianismo como religião institucionalizada. Quando vejo alguns homens que jugo serem pessoas sérias, coerentes, pensantes, representativas e, sobretudo, gente de Deus abandonando o que aí está posto, quando ouço, por exemplo, um Leonardo Boff falar que o cristianismo deveria se aproximar mais da existência, ou um Cáio Fábio afirmar que hoje vivemos a perversão do Evangelho de Jesus, ou um Gondim romper com o movimento evangélico, fico contando o que sobrou e, sinceramente, assusta-me o que parece nos reservar o futuro! Acho que Deus terá de levantar as “pedras” para pregar, pois faltarão pregadores. Ou então vamos ficar com os estelionatários que aí estão, na TV, no rádio, gente tão perversa que aqui não cabe nem nominar.
Não estou preocupado com a Igreja de Jesus, pois esta sempre estará lutando contra as hostes do mal, defendendo “a fé que foi entregue uma vez por todas aos santos”, pregando a sã doutrina, amparando os caídos da existência, servindo a Deus com coração pacificado, adorando-o com todo ardor e amor, aguardando com ansiedade a volta de Jesus! Todavia, esta igreja invisível e católica – Universal – de Cristo, está inserida dentro das milhares de ramificações do cristianismo, pois é fato que existe uma igreja dentro da “igreja” e só o “Cabeça do Corpo”, que a tudo vê, pode discernir quem é “joio” e quem é “trigo”. E assim, como partícipe da religião institucionalizada, angustio-me com seus rumos, temo pelos dias vindouros, desencanto-me com suas posturas, percebo sua grave crise, sua “septicemia intelectual”, sua falência múltipla em termos de prática e fé.
Bem, tudo dito, agora é só aguardar as PEDRADAS… (risos). Mas quem escreve aqui deve estar sempre preparado. Como de costume, não responderei as críticas, não é falta de respeito, mas de disponibilidade. Isso toma o pequeno espaço de tempo de postar novo artigo para abençoar meia dúzia dos que precisam. Ao Gondim, meu mano querido na fé em Jesus, desejo que seu coração seja inundado de paz e misericórdia, que ele fuja de toda raiz de amargura que esta “saraivada de golpes” pode vir a provocar, que se entregue ao Justo Juiz e sinta-se consolado por seus antecessores, uma grande “nuvem de testemunhas”, os quais foram perseguidos, mortos, torturados, serrados ao meio, caluniados, destratados, injuriados, “homens dos quais o mundo não era digno”, conforme Hebreus, capítulo 11.
Termino este texto desejando encontrar corações quebrantados e espíritos humildes para entender o que está exposto, que não distorçam as afirmações aqui feitas, pois sou responsável pelo que escrevo, mas não pelo que entendem… Contudo, depois de ler o artigo da Bráulia e ver os comentários tenho poucas esperanças… (risos). Que Deus nos guie a Sua vontade e ao temor do Seu nome. Quanto a você, Gondim, caso leia estas linhas, sei que  sabe que é privilégio sofrer pela causa do Evangelho e pelo nome de Jesus, ainda que muitos não vejam que o que está acontecendo se encaixe neste contexto… Parafraseando-o, então, concluso dizendo:  Soli Deo Gloria!
Carlos Moreira é editor assistente do Genizah e escreve também para a Nova Cristandade.

Pastores questionam silêncio de Silas Malafaia sobre personagem evangélica seminua na TV Globo: “Um exemplo a não ser seguido”. Leia na íntegra

O pastor Márcio de Souza, colunista do Gospel+, publicou artigo questionando os motivos de o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, não ter se posicionado a respeito do capítulo da novela Avenida Brasil em que a personagem evangélica, interpretada pela atriz Paula Burlamarqui, aparece seminua dizendo “tá amarrado”.
Souza afirma que “o cara [pastor Silas Malafaia] se mete em tudo, causa gay, movimentação dos blogueiros, vende bíblia a 900 paus, recolhe oferta da casa própria, lei geral da copa, mas levantar a sua ‘voz profética’ contra a Globo que é bom nada”.
Classificando a falta de manifestação de Silas Malafaia sobre o assunto como “covardia”, Souza afirma que o pastor “fala contra quem sabe que não tem força para reverberar contra ele, mas contra a rede globo que paga a ele pra ele entregar a gente e nosso modo de viver pra comercializar isso, aí mexe no bolso e ele recua”.
O colunista afirma ainda que “a covardia e o conluio dos pastores evangélicos com as instituições poderosas sinceramente me enoja”, e classifica a postura de diversos líderes evangélicos como “a corrupção dos princípios bíblicos”.
Márcio de Souza pontua que o silêncio de Silas Malafaia é “medo de perder o confortável papel dele de aparecer no comercial do ‘Promessas’ fazendo seu jabá. Convicções vendidas. E quem vende convicções, se for preciso vende até os amigos. Esse é o perfil da maioria que anda por aí”.
Leia a íntegra do artigo “Fala agora Malafaia, Fala” de Márcio de Souza, neste link.
Já o pastor Paulo Siqueira, líder do movimento “Evangelho Puro e Simples”, afirma que o pastor Silas Malafaia é “um exemplo a não ser seguido”, por causa de suas pregações alinhadas com a teologia da prosperidade.
Siqueira afirma lamentar as “mudanças” que viu no discurso de Silas Malafaia ao longo do tempo, e que o pastor se tornou um plano de marketing: “Tive a oportunidade de ouvir, ao vivo, o sr. Silas pregando nos últimos vinte anos, e infelizmente esse cidadão passou por grandes transformações. Sua mudança ocorre de forma cronológica, pensada e articulada por seus assessores. Do bigode ao implante de topete, muito dinheiro e muito empreendedorismo de marketing foram necessários”.
Comentando a mensagem gravada e veiculada no programa Vitória em Cristo, em que o pastor Silas Malafaia desafiou críticos a apontarem erros teológicos em sua ministração pró-teologia da prosperidade, Paulo Siqueira afirma que “tudo foi milimetricamente calculado por seus assessores” e que a reunião de membros da ADVEC no Arena HSBC é “a imagem perfeita para Silas demonstrar seu poder diante de partidos políticos e seus candidatos, dizendo a todos eles: ‘estão vendo? Eu tenho moeda de troca para barganhar com vocês’”.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Silas Malafaia: um exemplo a não ser seguido”, de Paulo Siqueira:
No último sábado, tivemos mais um capítulo da série “Silas Malafaia em busca do poder terreno”, uma série já dura há bastante tempo. Tive a oportunidade de ouvir, ao vivo, o sr. Silas pregando nos últimos vinte anos, e infelizmente esse cidadão passou por grandes transformações.
Sua mudança ocorre de forma cronológica, pensada e articulada por seus assessores. Do bigode ao implante de topete, muito dinheiro e muito empreendedorismo de marketing foram necessários.
No último sábado, sinceramente eu tinha uma esperança, pois o desafio de Malafaia era na Bíblia. Sendo assim, eu imaginava que ele, em temor a Deus e Sua Palavra, apresentasse algo verdadeiro.
Porém, estou decepcionado, pois nada novo foi apresentado.
O pior: tudo foi milimetricamente calculado por seus assessores. Seguindo sua própria orientação, vou desenvolver o texto segundo os temas propostos por ele: duvidar, criticar e determinar.
a) Duvidar
O ambiente do culto foi previamente calculado. Silas reúne em um espaço bastante conceituado no mundo dos espetáculos, pois ficaria mais fácil a exposição midiática. Cada imagem, cada foco descreve isso. O povo não percebeu, mas todos estavam ali fazendo parte de um espetáculo com objetivos já calculados.
A multidão, o local são a imagem perfeita para Silas demonstrar seu poder diante de partidos políticos e seus candidatos, dizendo a todos eles: estão vendo? Eu tenho moeda de troca para barganhar com vocês.
Dos milhares que ali estavam, cada um representa votos a serem explorados.
Nisso, o sr. Malafaia se tornou um exímio profissional, pois sua carreira pastoral não seria a mesma sem seus vínculos políticos. Ele sabe as consequências e os lucros de um apadrinhamento político. Isso é facilmente percebível ao vermos que o antigo pastor bigodudo, que dirigia uma velha perua kombi no início do seu ministério, hoje desfila pelas avenidas do Rio com sua Mercedez blindada, doada por um parceiro.
A prova disso é que nessa última semana foi divulgado nos meios de comunicação uma proposta do Governo Dilma que visa proibir o aluguel de horários na TV aberta, e os primeiros a se manifestarem contra essa medida foram os líderes evangélicos, por se sentirem prejudicados. O interessante dessa notícia é que parece óbvio que líderes evangélicos realmente vêm se utilizando dos espaços de mídia para auto-promoção e para a barganha do povo, por votos, diante de partidos e políticos. Isso é notório pelo número de políticos, futuros candidatos e interessados ou representantes dos meios políticos nos púlpitos dos principais cultos e eventos promovidos por ministérios evangélicos. Ou seja: o meio evangélico já provou que pode agrupar multidões e esse é um terreno fértil para o assédio político. Talvez seja esse o verdadeiro meio que muitos líderes evangélicos descobriram para justificar a sua “prosperidade” ou seu “meio de fé”.
Para líderes como Silas e outros mais, “Deus” e “Jesus” são meros produtos a serem negociados dentro do seu enorme panteão de mercadorias, que estão disponíveis para todo aquele que esteja pronto a pagar. Há uma perda considerável da definição do que é Sagrado e Profano.
“Os seus sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; não fazem diferença entre o santo e o profano, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles”. Ezequiel 22:26
Segundo ponto a analisar: que o sr. Malafaia não abandona a sua postura de arrogância, prepotência, soberba narcisista. Fica evidente, pelo desdém e pela ironia ao citar aqueles que o criticam, o uso de termos como trouxas, idiotas, babacas, panacas, manés, bandidos, e outros mais que só os bastidores podem revelar. Segundo pessoas que o acompanham nisso, dizem ser comum palavras de baixo calão na boca desse homem.
Esse desrespeito o deixa cego, pois hoje no Brasil calcula-se que o número de blogs pode ultrapassar os cem mil, e muitos dos que têm blogs também têm uma formação. São teólogos, filósofos, sociólogos, antropólogos, e seus blogs são uma forma de estender a todos suas fontes de conhecimento. Muitos blogs nascem no período da graduação ou pós-graduação, ou até no mestrado ou doutorado. É preciso saber que as extravagâncias e o modo de ser nada peculiar do sr. Silas é objeto de pesquisas em muitas universidades, em cursos de mestrado e doutorado, pois sua forma espetaculosa de culto já há muito tempo é percebida nos meios acadêmicos.
Então, chamar blogueiros na TV de idiotas, analfabetos e demais adjetivos pejorativos não responde com a verdade. Essa é a forma que o sr. Silas se utiliza para se corresponder com aquilo que ele acha que é inferior e desprezível ao seu modo de ser.
Ainda há a ira com que Malafaia fala dessas pessoas. Tanto sua postura como seu linguajar estão totalmente contrários ao modo de ser de um verdadeiro homem de Deus, pois a Bíblia nos revela que seremos conhecidos pelos frutos, e frutos do Espírito Santo, e ainda destaca esses frutos:
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. – Gálatas 5.22
Com certeza, quem já teve a oportunidade de assistir aos programas do Silas Malafaia, percebe que ele se esqueceu desse versículo.
Agora, o ponto central no desafio é a pregação. Silas, de forma que eu também acredito pensada e articulada, apresenta suas idéias em versículos fracionados, ou versículos isolados. Isso é típico de quem tem a arte de manipular através das palavras. O sr. Silas descreve, através de suas pregações, que com certeza não tem conhecimento bíblico necessário para expor, através de uma pregação ou um sermão, as bases do discurso fundamentadas em técnicas básicas da exegese e da hermenêutica, palavras essas que já até ouvi ele citar, porém quem ouve sua pregação vê que é impossível acreditar que ele saiba praticar uma boa exegese e uma boa hermenêutica.
Eu perguntaria: o sr. Silas apresentaria suas idéias, suas bases sobre a Teologia da Prosperidade diante de uma banca acadêmica, formada por biblistas renomados, já que defende suas idéias com tamanho afã? Acredito que não.
Silas descreve, através de sua pregação, que nivela seus ouvintes por baixo, com chavões místicos, muita oratória baseada em histórias pessoais e, quando apresenta alguma coisa diferente, demonstra estar plagiando algum texto ou sermão que nunca fornece a referência. Isso é facilmente percebível, pois falta em seus sermões referenciais teológicos, históricos, antropológicos, filosóficos. Ou seja, é difícil classificar o sr. Silas como teólogo, ou perceber que suas idéias partem de uma teologia sistemática, aprofundada pelo pensamento e pelo mergulho num mundo de idéias.
Com certeza, sua justificativa é a de muitos pregadores do meio pentecostal e neopentecostal: eu prego pelo Espírito. Porém, o mesmo apóstolo que ele usou no sábado para apoiar suas idéias, nos diz:
“Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.’ – 1 Coríntios 14:15
Sabemos que todo ser humano tem seu conhecimento. Paulo Freire destaca em sua obra a sabedoria popular como um dos grandes referenciais para o crescimento dos seres humanos. O que acontece é que o contexto pentecostal é direcionado com projetos onde suas lideranças vivem num mundo cercado por uma forte concorrência pessoal e ministerial. Exemplo disso: é só acompanhar nos sábados pelo manhã aos embates que ocorrem por uma mesmo denominação, em um mesmo período de horário.
Fico a pensar: o que um leigo pensa depois de ficar um sábado, das 8 às 12 horas, vendo a programação da Rede TV? Será que ela seria capaz de definir o que a Assembléia de Deus e quem são os seus líderes?
Isso só é possível depois de meses ou anos mergulhado nessas igrejas, que devido à ganância de seus líderes, se perdem diante daquilo que eles pregam e diante de toda a sua história. Muitos desses líderes provaram dos prazeres do mundo, e se perderam em suas essências, não sabendo mais o caminho de volta, ou muitos não querem voltar ao velho discurso de abençoar pobres e viúvas.
A teologia da prosperidade dá frutos “muito melhores”, pois na medida em que o povo é abençoado, seus líderes também são.
Silas e muitos outros líderes, sem perceber, têm saído de uma teologia sistemática consistente e fundamentada para criar, cada um, as suas teodisséias. Ou seja, eles partem do princípio bíblico, porém vão aos poucos manipulando esses princípios, até que o povo não se aperceba que estão praticando e servindo a conceitos adulterados. Por isso, Silas se utiliza, em suas pregações, da palavra “verdade”. No decorrer do seu ministério, destacou-se por sempre buscar a verdade. Porém, quando é interpelado por suas próprias palavras, ele revela sua ira.
É preciso saber que a igreja brasileira tem mudado. Hoje temos acesso a novas literaturas, melhor formação, e a internet possibilita contato com o mundo todo de forma rápida e segura. Hoje já temos aulas dos grandes centros de pesquisa traduzidas para o português e disponíveis para todos os que desejam o conhecimento. Temos, hoje, editoras traduzindo os livros e autores históricos do cristianismo. É preciso urgentemente que o sr. Silas fundamente a sua teologia, que descubra através de estudos sérios que a filosofia não é um besteirol, mas sim uma ciência que muito pode apoiar o teólogo, pois querer ser um deus numa terra de cegos é algo que será bastante trabalhoso, pois os blogueiros estão atentos.
b) Criticar
Bem, aqui exerço o que é peculiar na minha formação, pois sou teólogo formado em uma instituição teológica conceituada e reconhecida. Possuo pós-graduações e sou um assíduo participante de congressos e seminários, sem contar que sou um leitor apaixonado pelo conhecimento.
Tudo isso para dizer que os termos pejorativos podem até se encaixar a mim, mas me esforço para ser um teólogo que caminha nos passos da vida,  pois um teólogo que não se empenha na arte da crítica não entendeu os porquês da sua formação.
O texto apresentado pelo sr. Silas se fundamenta em 2 Co 9. Ele apresenta o texto totalmente fracionado, ou seja, não faz uma exegese do texto. É preciso dizer que citar um texto do Apóstolo Paulo e não fundamentá-lo com a vida do apóstolo é algo terrível para todo biblista. É preciso dizer que o Apóstolo Paulo reflete para nós os passos a ser percorridos de homem pecador a homem transformado e nascido de novo pela ação do poder de Deus.
Então, usar textos referidos ao Apóstolo Paulo sem falar de seu caráter é uma perda de tempo. Paulo é exemplo a ser seguido por teólogos, missionários, pastores, enfim, por homens e mulheres que desejam “VIVER” de forma plena o ministério de Cristo, pois sua mensagem se relaciona com sua vida, pois nele estava o Espírito de liberdade e a teologia da cruz.
A carta aos Coríntios tem sido usada por muitas igrejas para criar teologias não existentes, como por exemplo as doutrinas de usos e costumes, que durante décadas subjugaram as mulheres no seio da igreja. De repente, do nada essas doutrinas desaparecem, e muitos são os pregadores e líderes que até hoje não explicaram ao povo anos e anos de uma doutrina não pertencente à teologia de Paulo.
O sr. Silas apresenta um texto sem antes buscar definições e pressupostos. Isso só seria possível se ele fosse um exímio conhecedor dos textos originais. Ou seja, conhecedor do grego e do hebraico, e das demais línguas antigas. Fazer exegese é um trabalho fascinante, pois é uma forma de interpretar a Bíblia. O grande problema é que muitos pastores de formação pentecostal não se aplicam ao estudo real da Palavra de Deus.
Hoje é possível ter um ”diploma” ou “certificado” teológico de forma tão superficial, que você se matricula, recebe as lições e o diploma, tudo na mesma hora. E muitos são aqueles que acreditam que isso é estudar teologia.
Os efeitos colaterais desses cursos, seminários, institutos e demais formas de dizer que se estuda a Bíblia são as heresias que se multiplicam dia após dia.
O sr. Silas tenta de alguma forma se apresentar como conhecedor da Bíblia, porém ele se aplica dentro do seu contexto, e sabe para quem está falando. Divide o sermão com o intuito de aplicar técnicas de oratória, vindas do seu curso de Psicologia. Ou seja, utiliza-se de pontos de pressão, com informação, palavras responsivas, fazendo com que o público viaje dentro do texto, tendo a impressão de que está totalmente aprofundado no mesmo. Porém, os pontos são batidos à exaustão, e muitos, sem saber, estão dentro de uma teodisséia muito bem pensada.
Ele destaca, em seu texto, palavras como oferta, bênção, glória de Deus, Graça de Deus. Tudo isso como pressupostos para um ato de fé. Em momento algum, ele sai do capítulo referido, pois se partisse para outro capítulo, com certeza seria quebrado o “encantamento” a ser aplicado ao público que o ouvia, pois as cartas aos coríntios não têm como centro a oferta, e não somente a prosperidade. Para Paulo, a mensagem de Cristo é para os que sofrem, para os que buscam um sentido na vida.
Para falar sobre as ofertas, era preciso também dizer do contexto cultural e social da vida em Corinto. Aí, com certeza, entenderia-se o porquê da perícope do capítulo 9 de 2 Coríntios.
Esse é o grande mal de muitos pregadores: utilizar-se do texto bíblico sem conhecer o texto de forma aprofundada. Eu não acredito que o Espírito Santo tenha a capacidade de revelar a um pregador um texto de forma errônea, ou ensinar um texto de forma errada, sabendo que Ele mesmo capacitou a outros para saber aquele texto de forma mais aprofundada.
Temos hoje, no Brasil, teólogos, biblistas que não precisam se utilizar de “americanos” para trazer ensino e conhecimento de qualidade para o seio da igreja brasileira. É preciso dizer que na América há muitas teologias boas. Não sei o porquê o seio pentecostal parece trazer sempre conceitos duvidosos e pouco proveitosos.
Criticar esse texto do sr. Silas fica até fácil, pois o texto apresentado é sua base para justificar sua teologia da prosperidade. Ainda bem que ele mesmo diz, em sua pregação: “eu não sei tudo da Bíblia”. Teologia da prosperidade não se encaixa com nossa realidade cultural e social.
Isso revela o porquê de tantos anos necessários para justificar essa teologia. Somos um continente onde predomina a exploração dos mais fracos. Onde analfabetismo, fome, sede, doenças, falta de saneamento básico, falta de moradia, violência são utilizados como forma de sustento político-social. Onde até mesmo as soluções para todos esses problemas têm o mesmo intuito. Então uma teologia para essa realidade tem que nascer nesse meio, ou seja, tem que ser o reflexo da realidade e da cultura desse povo.
Não adianta ir aos EUA e se deslumbrar com os grandes templos, com a prosperidade de muitas denominações, e colocar tudo isso na mala, e desembarcar no Brasil se sentindo o “inventor da roda”. Essa teologia pode até funcionar nos grandes centros urbanos, porém no interior e nos Estados longínquos, isso não fará efeito algum.
A prova disso é que a fome, a miséria e a morte ainda fazem parte de muitos lugares no Brasil. Teologia da prosperidade precisa ser revista, precisa ser aprimorada por pessoas responsáveis, que tratem a Palavra de Deus com seu verdadeiro sentido. Não basta jogar ao vento, imaginando que ela trará o seu resultado.
c) Determinar
Sei  que, se o sr. Silas ou algum dos seus auxiliares, chegou até aqui nesse artigo, com certeza já levei vários nomes pejorativos, que fazem parte do vocabulário dessa gente. Porém, quero aqui fazer lembrança de que muito do que o sr. Silas sonha e almeja ministerialmente, já foi alcançado por um pastor americano da sua própria denominação. Um homem que conseguiu aos sábados pela manhã unificar os quatro continentes em torno do seu programa televisivo. Algo incrível, em se tratando de quase três décadas atrás.
Isso nos faz pensar no que será possível hoje, com todos os avanços tecnológicos disponíveis. Então, o caminho almejado pelo sr. Malafaia já tem um referencial, e eu acredito que, se utilizando dos conchavos políticos, da sua teodisséia, ele irá alcançar e até ultrapassar muitos pastores pelo mundo. Porém, é preciso lembrar também que este pastor americano referido caiu, da mesma forma que subiu, em um escândalo mundial.
Acredito que o sr. Silas terá um programa de auditório na TV, terá um programa interligado mundialmente, porém é preciso lembrar que a soberba, a vaidade, a ganância precedem a queda. O sr. deveria estudar a biografia de grandes líderes mundiais, e com certeza verá uma relação entre todos: não subestime nem despreze as pessoas.
Talvez o sr. esteja me chamando de “profetinha de meia-tigela”, ou outros nomes. Porém, quero deixar aqui, para terminar, um versículo do Apóstolo Paulo, que você não referiu na sua pregação, mas que pode ser lido ao todo:
“Ora, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos. nem muitos os nobres que são chamados. Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são; para que nenhum mortal se glorie na presença de Deus”. 1 Coríntios 1:26-29
Certa vez ouvi um provérbio que mudou minha vida, e gostaria de terminar esse artigo com esse provérbio:
“É muito fácil perceber quando alguém fala movido pelo Espírito Santo de Deus: pois com poucas palavras nos toca o coração”.
Precisamos de homens e mulheres capacitados de poucas palavras e que de forma pura e simples nos toque o coração, ao ponto de transformar nosso modo de ser.
Que Deus abençoe a todos.
Paulo Siqueira