mpulsionado pelas competições do UFC, o MMA é um dos esportes que
mais cresce em popularidade no Brasil atualmente. Apesar das polêmicas
envolvendo a violência presente no esporte, o MMA tem conquistado seu
espaço entre os jovens brasileiros, dentre os quais muitos evangélicos.
Diante dessa popularidade, algumas igrejas evangélicas tem se tornado
verdadeiras academias para a prática do esporte. Um exemplo é um salão
da Igreja Presbiteriana em Sorocaba, que vem sendo utilizada como local
de treinamento do lutador do UFC Fábio Maldonado.
Maldonado, vem de derrota polemica para o croata Igor Pokrajac, no
UFC on Fuel, e espera aprimorar os golpes de jiu jiítsu na igreja para
não correr risco de ser demitido pelo exigente chefão do UFC, Dana
White.
Entre os membros da igreja que treinam com o lutador está o pastor da
igreja Ivanilson Bezerra da Silva, que explica o porquê de o esporte
estar sendo praticado dentro do templo religioso: “A religião, assim
como o esporte, exige disciplina. Quem pratica esporte se dedica, não
fica na noite, tem uma vida regrada. Na igreja é a mesma coisa. Por
isso, trouxemos o esporte para cá, queremos tirar as crianças da rua e
vê-las praticando esporte”.
Depois dos treinos os atletas se reúnem para uma oração. “A gente
agradece por tudo ter dado certo, por ninguém ter se machucado e pedimos
força para continuarmos lutando” afirma o lutador, que ainda brinca com
o ambiente que usa para treinar: “A gente bate e pede perdão já
(risos)”.
A igreja “Verbo da Vida” na zona oeste do Rio de Janeiro é outro
exemplo de templo religioso que se transforma em academia de MMA. De
acordo com o jornal O Globo, cerca de 50 jovens se reúnem no local para
praticar o esporte.
“Como o crescimento da luta está assustador e o evangelho também, a
junção dos dois serve para trazer esses jovens que estão perdidos aí sem
saber o que fazer. Na luta, a gente canaliza e direciona eles para um
caminho de sucesso”, explicou Jorge Turco, que é o idealizador e
responsável pelos treinamentos na igreja carioca.
Edmilson, que é pastor da igreja e no início foi relutante ao projeto
de Turco, hoje fala empolgado sobre a iniciativa: “Sinceramente, é
claro que eu mesmo já tive uma visão um tanto quanto equivocada. Embora
haja ainda um preconceito dentro do meio evangélico, a nossa proposta é
exatamente desmistificar isso. O evangelho não é religião, o evangelho
são princípios e através do esporte a gente pode na cabeça do jovem
esses princípios de vida”.
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