
De acordo Manoel Ferreira, apenas uma condição o levaria a aceitar uma coligação com Crivella: que o senador trouxesse para a aliança, além do PRB, o PTB e o PDT, por enquanto dados como certos na base de apoio à reeleição de Sérgio Cabral (PMDB).
- Inclusive já disse isso ao (ex-) governador Garotinho (que teve os seus direitos políticos cassados). Se o Crivella entrar por uma porta, eu saio por outra. Minha candidatura ao Senado tem o caráter irrevogável. Mas sei que estou num jogo. E num jogo ninguém tem certeza de nada – disse Ferreira. -Só se ele trouxesse o PDT e o PTB, além do PRB, poderíamos conversar – continuou.
Mesmo se Crivella conseguisse atrair o PTB e do PDT, no entanto, Manoel Ferreira diz que sua candidatura seria mantida.
- O Crivella seria o segundo candidato ao Senado da chapa – afirmou o pastor, sugerindo que, se o PDT entrasse na coligação, poderia indicar o candidato a vice, propondo o nome do deputado Wagner Montes (PDT).
Até agora, nem Garotinho nem Crivella anunciaram alianças, continuando isolados. Ambos vêm conversando, no entanto, sobre uma possível coligação. Mas Crivella e Manoel Ferreira, além de pertencerem a grupos evangélicos diferentes, carregam divergências do passado, como nas eleições municipais de 2008, quando Ferreira fazia campanha para o adversário de Crivella, o agora prefeito Eduardo Paes (PMDB).
Bispo faz alianças
O pastor/bispo afirma que ele e Garotinho estão “conversando” com o PT e que devem ter uma definição até o final da semana – que termina nesta sexta-feira (21). Segundo Manoel Ferreira, as conversas têm incluído o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Da mesma forma, ele afirma que o PR também negocia com o PSDB.
No início de abril, Dilma Rousseff reuniu-se e trocou elogios com Garotinho. “É um parceiro antigo, do tempo do PDT”, disse Dilma; “se eu estou apoiando a campanha dela, é natural que ela retribua”, respondeu o ex-governador.
No final do mês passado, porém, o PT se reuniu no Rio e convidou Cabral, que, no palco, ouviu a pré-candidata petista afirmar que “o palanque do Sérgio Cabral é o único do Partido dos Trabalhadores aqui no Rio de Janeiro”.
Depois disso, em 1º de maio, Manoel Ferreira chegou a anunciar a presença de Serra em um evento da Assembléia de Deus em Madureira (zona norte do Rio), onde é pastor, mas o ex-governador de São Paulo foi a outro evento da igreja, em Santa Catarina.
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