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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Conheça a possível localização de Sodoma e Gomorra, as cidades destruídas pela ira divina

Em Gênesis 18, logo após Deus prometer a Abraão que ele teria um filho (Isaque), o Senhor veio ter com seu servo acompanhado por anjos. Deus pretendia destruir Sodoma e Gomorra, duas cidades conhecidas por sua perversão e profunda maldade. O patriarca hebreu pediu a Deus que preservasse a região, onde habitava seu sobrinho Ló.

Não houve jeito. Quando achou oportuno, Deus enviou anjos guerreiros em forma de homens a Sodoma, para terem com Ló. O sobrinho de Abraão os recebeu, deu-lhes pousada e alimento. Logo, muitos homens locais bateram à porta de Ló, querendo os visitantes que estavam no interior da casa para “abusar deles”. Ló, sabendo quem seus hóspedes eram, tentou defendê-los, chegando ao ponto de oferecer suas duas filhas virgens aos malfeitores. Os perversos recusaram as moças e partiram para cima do ancião. Os anjos fizeram Ló entrar em casa e fecharam a porta, protegendo-o, e cegaram todos os homens que queriam lhes fazer mal.

A perversidade da região era tão grande, que o Senhor não via outro remédio senão fulminar toda a área. Fala-se que seus habitantes cediam facilmente à luxúria, a ponto de praticarem atos sexuais em plena luz do dia e na frente de qualquer pessoa. Mas o sexo não era o único pecado em pauta. Os locais eram exageradamente apegados aos bens materiais, não se rendendo à ética para adquiri-los. A idolatria era abundante. Antigos textos judaicos alegam que visitantes eram maltratados, torturados e seviciados até mesmo sexualmente.

Os anjos avisaram a Ló para pegar sua família e sair dali, pois a destruição era iminente. Seus genros, maridos de outras filhas, acharam que o sogro brincava e não lhe deram ouvidos. Ló não teve outro remédio senão pegar a esposa e as duas filhas que moravam com ele e correr dali. A ordem de Deus era para abandonar tudo, sem nem mesmo olhar para trás. Ló e as filhas obedeceram à risca, mas a esposa, apegada, olhou para o lugar de onde fugiam. Ali mesmo foi transformada em uma estátua de sal. As cidades e seus arredores foram consumidos por fogo do céu.

O termo sodomia, referente à extrema perversão sexual, nasceu deste episódio. Muitos atribuem à palavra uma relação com o homossexualismo, mas seu significado vai bem além, dando a ideia de perversões muito maiores.

Sabe-se hoje que Sodoma e Gomorra estavam em uma área ocupada por cinco cidades-estado bem próximas (uma pentápole): Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Zoar, sendo as duas primeiras as mais importantes e conhecidas. Poderiam ser comparadas, guardadas as proporções, a uma região metropolitana atual, formada por vários municípios ao redor de um maior. Ló se refugiou, como consta de Gênesis 19: 20-22, em Zoar.

Segundo estudos arqueológicos, Sodoma e Gomorra ficavam em uma área hoje inundada pelas águas extremamente salgadas do famoso Mar Morto.

O Mar Morto

Localizado às margens do Deserto de Judá, o Mar Morto, com extensão de 650 quilômetros quadrados, é uma pequena incisão geográfica entre Israel e a Jordânia. Atualmente, os dois países dividem seu controle. A região ocidental fica em solo israelense, enquanto a oriental está na Jordânia.

Em hebraico, recebeu o nome de Yam HaMelach, Mar Salgado – na verdade, um enorme lago, a exemplo dos Grandes Lagos da América do Norte, chamados de mar por sua incrível extensão. E não é a toa que é apelidado Salgado ou Morto: é a terceira porção de água mais salgada do mundo, contendo dez vezes mais sal do que um mar comum. Perde apenas para os lagos Don Juan (na Antártida) e Assal (em Djibuti, África), nessa ordem. Em muitos idiomas, entre os quais o português, ficou conhecido como Mar Morto devido ao alto índice de salinidade, impossibilitando qualquer forma de vida em suas águas.

O sal dificulta os banhos. A elevada densidade impede o mergulho, “empurrando” os banhistas para cima. Flutua-se involuntariamente, sem o menor esforço.

O diferencial não termina aí. Suas praias ficam no local mais baixo da Terra, 421 metros abaixo do nível do mar. A estrada que leva à região de Ein Gedi, desde Jerusalém, é uma descida bastante sinuosa, com uma paisagem única e exótica. É possível avistar comunidades beduínas com seus camelos “estacionados”.

As águas do Mar Morto, bem como sua lama (cavando pouco menos de 20 centímetros na areia, qualquer pessoa pode encontrá-la), são ricas em propriedades terapêuticas. Por isso, na região há diversos SPAs e hotéis de luxo que oferecem tratamentos para a pele, utilizando produtos com matéria-prima local.

Precauções para os banhistas

A beleza da região e as inúmeras propriedades terapêuticas do Mar Morto tornam suas praias convidativas para o turismo. No entanto, alguns cuidados devem ser tomados:

- Na beira da praia, junto à areia, há muitos pedregulhos e pedaços de sal que podem cortar os pés. Recomenda-se o uso de sandálias mais fechadas para protegê-los.

- Um banho no Mar Morto nunca ultrapassa poucos minutos. A coceira e ardência provocadas pela grande quantidade de sal são insuportáveis, principalmente em partes do corpo com cortes ou em mucosas. Por isso, não é recomendado barbear-se ou depilar-se antes de entrar em suas águas.

- Não é aconselhável afundar a cabeça na água, e, se a pessoa o fizer, não deve abrir os olhos. Esfregá-los também pode provocar coceira e ardência.

- A água do Mar Morto, como de qualquer outro mar, não é potável. Ingeri-la pode trazer graves consequências à saúde.

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