
“Milícia é a polícia bandida. É aquela que é paga pela sociedade, recebe treinamento e depois se volta contra sociedade. São os ladrões do vale-transporte e da marmita do trabalhador”, ressaltou o senador.
Crivella se sustenta na ideia de que, através da federalização, o governo certamente levará para o Rio de Janeiro agentes de outros estados que, por não terem nem endereço na cidade, não ficariam sujeitos à chantagem das facções. “As milícias já passaram dos limites”, disse, baseado na notícia de que a metade de um batalhão da polícia, com cerca de 300 pessoas, é suspeita de envolvimento com milicianos.
Também no Rio, há notícia de milícias que apoiam candidaturas de deputados federais, que apoiam indiretamente senadores, deputados estaduais e vereadores. “Existe apoio político para esses grupos, que definem quem vai ganhar as eleições naquele lugar e que detêm o poder de vida e morte das pessoas na comunidade”, noticiou a imprensa estrangeira.
Vive-se, assim, o mais brutal regime totalitário dentro de um Estado dito democrático. Logicamente, a manipulação de informações e da opinião pública é capaz de moldar o cenário que bem se pretende. Daí a ilusão da eficiência e da necessidade da organização de milícias em áreas violentas e de tráfico de drogas. Elas, na verdade, não passam de mordaças e tapa-olhos públicos. Nenhum prenúncio de mudança acontecerá, portanto, equanto o Estado, por vontade própria e uma pitada de omissão, optar também pelo uso de tais adereços.
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