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quinta-feira, 17 de março de 2011

Juiz que se recusa a trabalhar em tribunais que tenham símbolos religiosos é excluido pela Corte

A Corte de Cassação da Justiça de Itália confirmou ontem (14) a expulsão de Luigi Tosti porque ele se recusa a dar audiência em tribunais que tenham crucifixo. Ou seja, todos. Para Tosti, que é judeu, o símbolo da Igreja Católica nos tribunais viola a laicidade do Estado, que foi introduzida na Constituição italiana após a Segunda Guerra Mundial. Ainda assim ele diz que retomaria suas atividades se ao lado dos crucifixos fossem colocados símbolos de outras religiões. Sua proposta foi recusada. Em 2004, ele anunciou que ia introduzir no tribunal onde trabalhava o menorah, o candelabro de sete velas adotado principalmente pela religião hebraica. Ele desistiu quando muçulmanos e cristãos se uniram para criticá-lo. Em 2007, o Supremo Tribunal o condenou a sete meses de prisão pela sua rebeldia. A sentença foi anulada a pedido da Promotoria, que argumentou que Tosti não tinha cometido nenhum crime. Tosti informou que não desistirá da luta para que o Estado laico se prevaleça. Disse que vai levar a sua expulsão da magistratura ao Tribunal Europeu.

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