A matéria sobre homossexualidade exibida pelo CQC na Band ontem,
07/05, entrevistou figuras envolvidas diretamente com o assunto a nível
nacional, como o deputado federal e ativista gay Jean Wyllys, a pastora
de igreja inclusiva Lanna Holder, o pastor Robson, ex-travesti, a
psicóloga Marisa Lobo e o deputado federal Jair Bolsonaro.
O projeto do deputado federal João Campos, presidente da Frente
Parlamentar Evangélica, que visa autorizar os psicólogos a praticarem
terapias de orientação heterossexual a pacientes homossexuais que
busquem auxílio profissional, foi usado como pano de fundo para a
discussão do tema.
Popularmente conhecido como “Cura Gay”, o projeto foi criticado por
Jean Wyllys, que afirmou que os psicólogos “entre aspas cristãos”,
praticam “tortura física” aos pacientes.
A pastora Lanna Holder contou sua trajetória e histórico de
tentativas de supressão dos desejos homossexuais, e afirmou que não é
possível alterar uma orientação sexual. Ao final, questionou, sorrindo:
“Existe coisa melhor do que mulher?”.
Marisa Lobo foi questionada pelo repórter Ronald Rios sobre os
motivos do processo visando a cassação de seu registro profissional. A
psicóloga explicou que tudo começou por uma declaração sua sobre o
assunto homossexualidade, no Twitter. Perguntada se na sociedade ideal
não haveria homossexuais, Lobo respondeu: “Isso é utópico. Não haveria
gay, ladrão, hipócrita, nem homofóbico. Não deveria existir nada”.
No Twitter, a psicóloga reclamou da edição do programa, afirmando que
suas palavras foram distorcidas: “Seu programa @MarceloTas editou a
matéria de um jeito, para me cassarem, mas vou pedir na justiça, a
original sem cortes. Vocês são malandros. Não disse que curo gay como
psicóloga. @MarceloTas, covardes hipócritas. Brincou de Deus? Editando
como quis, vem falar de ética profissional?” esbravejou.
A psicóloga afirmou ter recebido ameaças de morte e ofensas, e também
desafiou a produção do programa a colocarem ela e o deputado Jean
Wyllys em um debate, ao vivo, sem cortes.
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